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‘Brasil deve sair de pé’, afirma pesquisador do FGV Agro
Publicado 30/04/2025 • 10:06 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 30/04/2025 • 10:06 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Diante do conflito tarifário entre China e Estados Unidos, o país asiático tem ampliado suas relações internacionais em busca de novos acordos comerciais. Um dos efeitos mais imediatos é o aumento da demanda pela soja brasileira: a exportação do grão para o mercado chinês deve crescer 32% em abril. Brasil e Estados Unidos, os dois maiores produtores globais, disputam diretamente esse mercado estratégico.
Em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta quarta-feira (30), Felipe Serigati, pesquisador do FGV Agro, comentou sobre os impactos dessa movimentação no agronegócio nacional e no desempenho econômico do país.
Segundo ele, apesar de o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo gerar incertezas e instabilidade global, há setores específicos que podem se beneficiar, especialmente o agronegócio brasileiro.
“Por mais que esse atrito comercial, no agregado mundial, seja ruim, há nichos que podem sair de pé. Um deles é o agro brasileiro. Brasil e Estados Unidos são grandes concorrentes no setor de produtos agropecuários. Embora nem sempre disputem os mesmos nichos, direcionam suas exportações para mercados semelhantes. Quando a China impõe barreiras tarifárias aos grãos dos EUA, isso impacta diretamente a competitividade deles e abre espaço para o Brasil.”
Serigati explicou que uma tarifa, mesmo que de 25% ou 30%, já é suficiente para alterar significativamente o cenário das commodities. Segundo ele, o resultado líquido disso é uma vantagem competitiva para o Brasil, com potencial para elevar o volume exportado e até mesmo impulsionar o PIB nacional.
“Esse impulso adicional pode gerar um aumento relevante nas exportações para a China ao longo deste ano. Mas ainda há muita água para passar por baixo da ponte.”
Ele observa que, apesar do cenário favorável, decisões importantes ainda dependem da avaliação dos produtores, especialmente em relação à próxima safra de verão.
“O produtor ainda vai decidir qual área vai destinar para soja ou milho. Estamos nos preparativos da segunda safra, que inicialmente é de milho. Ao mesmo tempo, temos a chegada da safra dos Estados Unidos, que está sendo plantada neste momento e ainda não sabemos qual será seu tamanho real.”
Serigati também comentou os desafios logísticos do Brasil para atender a essa demanda crescente. Embora o país tenha evoluído significativamente na última década, ainda enfrenta gargalos estruturais.
“O desafio logístico não é novo. Há 10 anos, a maior parte dos nossos grãos, mesmo produzidos no Centro-Oeste, era escoada pelos portos do Sul e Sudeste. Hoje, já há um escoamento relevante por portos no Norte. Só que, quando a produção cresce num ritmo muito acelerado, a estrutura não acompanha na mesma velocidade. E isso complica.”
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