Austrália e Nova Zelândia prometeram defender suas indústrias cinematográficas nesta segunda-feira (5), após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um plano para impor tarifas de 100% sobre filmes produzidos no exterior.
Estes países se tornaram locais populares para filmagens de filmes de Hollywood nos últimos anos, devido aos custos mais baixos e incentivos fiscais oferecidos por governos federais e estaduais.
Mais cedo, Trump disse em uma postagem na Truth Social que a indústria cinematográfica americana estava morrendo, uma “morte muito rápida” devido aos incentivos oferecidos por outros países para atrair cineastas.
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Ele afirmou que estava autorizando as agências governamentais relevantes, como o Departamento de Comércio, a iniciarem imediatamente o processo de imposição de uma tarifa de 100% sobre todos os filmes produzidos no exterior e enviados aos Estados Unidos.
O ministro da Administração Interna da Austrália, Tony Burke, disse que conversou com o diretor da agência governamental Screen Australia — que oferece financiamento para apoiar o desenvolvimento, a produção e a divulgação de conteúdo audiovisual — sobre as tarifas propostas.
“Ninguém deve ter dúvidas de que vamos defender de forma inequívoca os direitos da indústria audiovisual australiana”, disse Burke em comunicado.
O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, afirmou que o governo aguarda mais detalhes sobre as tarifas propostas.
“Precisamos ver os detalhes do que de fato será apresentado. Mas, obviamente, seremos grandes defensores, grandes campeões desse setor e dessa indústria”, declarou.
O setor cinematográfico e televisivo australiano teve valor superior a 4 bilhões de dólares australianos (US$ 2,58 bilhões) em 2022, segundo o escritório de estatísticas do país.
A Austrália foi o local de filmagem da franquia Matrix e abriga estúdios permanentes, incluindo os da Marvel, enquanto a Nova Zelândia é mais conhecida por ser o cenário da trilogia “O Senhor dos Anéis”.
Desde 2019, o governo australiano comprometeu 540 milhões de dólares australianos em incentivos fiscais para atrair produções internacionais, com a maior parte destinada a filmes de Hollywood como “Thor: Amor e Trovão”, da Marvel; “The Fall Guy”, da Universal; e “Godzilla vs Kong”, da Legendary Pictures.
Na Nova Zelândia, o setor cinematográfico gera 3,5 bilhões de dólares neozelandeses (US$ 2 bilhões) por ano, sendo que cerca de um terço dessa receita vem dos EUA, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores do país em um relatório de março de 2025.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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