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Lula diz que Brasil não pode jogar fora nenhuma oportunidade, ao citar comércio com Rússia

Publicado 10/05/2025 • 12:33 | Atualizado há 2 dias

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (10) que o Brasil não pode "jogar fora nenhuma oportunidade" ao citar o comércio com a Rússia, durante entrevista coletiva concedida ao final da visita a Moscou neste sábado.
  • O chefe do Executivo, que se desloca agora para a China, também comentou sobre seu intuito de equilibrar o déficit comercial com a Rússia e mencionou que as apostas vistas como oportunidades para o Brasil são principalmente nas áreas de transição energética e minerais críticos.
  • Lula lembrou que a Rússia é um parceiro importante na questão de óleo e gás e em pequenos reatores nucleares, "uma novidade extraordinária para que a gente possa ter energia garantida para todo o sempre".

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin. Grande Palácio do Kremlin, Rússia - Moscou.

Foto: Ricardo Stuckert / PR (Reprodução Flickr)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (10) que o Brasil não pode “jogar fora nenhuma oportunidade” ao citar o comércio com a Rússia, durante entrevista coletiva concedida ao final da visita a Moscou neste sábado. O chefe do Executivo, que se desloca agora para a China, também comentou sobre seu intuito de equilibrar o déficit comercial com a Rússia e mencionou que as apostas vistas como oportunidades para o Brasil são principalmente nas áreas de transição energética e minerais críticos. Lula acertou com o presidente local, Vladimir Putin, a ida de empresários e representantes russos ao Brasil nos próximos meses.

“Nós temos uma relação comercial deficitária aqui na Rússia. No fluxo de praticamente US$ 12 bilhões anuais, nós temos quase US$ 11 bilhões de déficit comercial. A minha vinda aqui foi para discutir comércio, para tentar equilibrar, porque trabalhamos com a ideia de que uma boa política comercial é uma via de duas mãos. A gente compra e a gente vende mais ou menos na mesma proporção para que ninguém seja prejudicado”, afirmou o presidente, conforme divulgou há pouco o Palácio do Planalto.

No documento, Lula lembrou que a Rússia é um parceiro importante na questão de óleo e gás e em pequenos reatores nucleares, “uma novidade extraordinária para que a gente possa ter energia garantida para todo o sempre”. “Sabemos que em um país que quer ser a sétima, a sexta, a quinta economia do mundo, vai precisar de ter muita energia e garantia de que nunca vai faltar”, considerou o presidente, lembrando que o sistema brasileiro de distribuição energética já está quase 100% integrado.

Para ampliar os canais de comércio, Lula levou na comitiva ministros ligados ao setor de energia e ciência e tecnologia, retomou na conversa com os russos canais para instâncias de conversa em alto nível entre as duas nações e acertou acordo para a ida de empresários e representantes russos para o Brasil nos próximos meses. Um dos focos no horizonte é a pesquisa e exploração dos chamados minerais críticos, como lítio, cobalto, níquel, grafite, e elementos das terras raras, essenciais para setores estratégicos, como tecnologia, defesa e transição energética.

“Nós temos a ideia de aumentar a nossa pesquisa e exploração de minerais críticos, porque só se fala nisso agora e achamos que o Brasil não pode jogar fora nenhuma oportunidade”, afirmou. “A oportunidade da transição energética, dessa transição climática, desses minérios críticos, porque apenas 30% do nosso território já foi pesquisado, ainda falta muita coisa para pesquisar e nós queremos construir parceria com todos os países do mundo que têm expertise, para que a gente possa tirar proveito e para que o Brasil se transforme numa grande economia”, continuou.

De acordo com o Palácio do Planalto, o comércio bilateral entre Brasil e Rússia no ano passado atingiu o recorde histórico de US$ 12,4 bilhões (aumento de 9% em relação a 2023). Foram US$ 1,4 bilhão de exportações (aumento de 8% em relação a 2023) e US$ 11 bilhões de importações brasileiras (aumento de 9%). Atualmente, as exportações brasileiras se concentram em soja (33%), café não torrado (18%) e carne bovina (18%). As importações envolvem óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (57%) e adubos e fertilizantes químicos (34%).

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Juliana Colombo

Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.

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