Washington está “otimista” em meio a negociações comerciais com a China
Publicado 11/05/2025 • 11:49 | Atualizado há 3 semanas
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Negociações EUA-China estão “um pouco paralisadas” e precisam da participação de Trump e Xi, diz o secretário do Tesouro, Bessent
Publicado 11/05/2025 • 11:49 | Atualizado há 3 semanas
KEY POINTS
Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.
Roberto Schmidt/AFP
Washington expressou otimismo com a continuação das negociações com as principais autoridades chinesas pelo segundo dia consecutivo no domingo (11), em uma tentativa de apaziguar as tensões comerciais desencadeadas pela implementação agressiva de tarifas pelo presidente Donald Trump.
À medida que os dois dias de negociações de alto nível em Genebra se aproximavam do fim, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que o governo estava “otimista de que as coisas vão dar certo”.
O comentário foi feito após Trump publicar no Truth Social, após o primeiro dia de negociações, que as discussões de sábado haviam sido “muito boas”, considerando-as “uma redefinição total negociada de forma amigável, mas construtiva”.
Pequim ainda não havia se pronunciado no domingo, mas no sábado a agência de notícias estatal chinesa Xinhua descreveu as negociações como “um passo importante para promover a resolução da questão”.
As reuniões a portas fechadas entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o representante comercial Jamieson Greer e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, estão ocorrendo na residência do embaixador suíço nas Nações Unidas, em Genebra.
Após um intervalo de duas horas para almoço, as delegações retornaram à discreta vila com persianas azul-celeste na margem esquerda do Lago Genebra por volta das 15h30 (13h30 GMT e 10h30 no horário de Brasília), segundo um jornalista da AFP no local.
Lutnick disse que as equipes estavam trabalhando arduamente em negociações “muito importantes” para ambos os lados, mas não forneceu mais detalhes sobre o conteúdo das negociações.
As discussões marcam a primeira vez que altos funcionários das duas maiores economias do mundo se encontram pessoalmente para abordar o espinhoso tema do comércio desde que Trump impôs novas e pesadas taxas à China no mês passado, gerando uma forte retaliação de Pequim.
“Essas conversas refletem que o estado atual das relações comerciais, com essas tarifas extremamente altas, não é, em última análise, do interesse nem dos Estados Unidos nem da China”, disse Nathan Sheets, economista-chefe global do Citigroup, à AFP, chamando as tarifas de “uma proposta em que todos perdem”.
As tarifas impostas por Trump ao gigante manufatureiro asiático desde o início do ano totalizam atualmente 145%, com as taxas americanas cumulativas sobre alguns produtos chineses chegando a impressionantes 245%.
Em retaliação, a China impôs tarifas de 125% sobre produtos americanos.
Antes da reunião, Trump sinalizou que poderia reduzir as tarifas, sugerindo nas redes sociais que uma “tarifa de 80% sobre a China parece correta!”
No entanto, sua secretária de imprensa, Karoline Leavitt, esclareceu posteriormente que os Estados Unidos não reduziriam as tarifas unilateralmente e que a China também precisaria fazer concessões.
Antes da reunião, ambos os lados minimizaram as expectativas de uma grande mudança nas relações comerciais, com Bessent enfatizando o foco na “desescalada” e não em um “grande acordo comercial”, e Pequim insistindo que os Estados Unidos devem primeiro aliviar as tarifas.
O fato de as negociações estarem acontecendo “é uma boa notícia para os negócios e para os mercados financeiros”, disse Gary Hufbauer, pesquisador sênior não residente do Instituto Peterson de Economia Internacional (PIIE).
Mas Hufbauer alertou que estava “muito cético quanto a qualquer retorno a algo como as relações comerciais normais entre EUA e China”, com até mesmo uma tarifa de 70 a 80 por cento ainda potencialmente reduzindo pela metade o comércio bilateral.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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