Subsídios ao aço da China ‘distorcem’ o mercado global, aponta OCDE
Publicado 27/05/2025 • 10:06 | Atualizado há 3 dias
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Publicado 27/05/2025 • 10:06 | Atualizado há 3 dias
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Pixabay
Os subsídios concedidos pela China às suas siderúrgicas “distorcem” o mercado global e dificultam o investimento em descarbonização no setor, afirmou a OCDE em um relatório publicado nesta terça-feira (27).
A China é a maior produtora mundial de aço, produzindo mais de um bilhão de toneladas em 2024, e a queda na demanda interna forçou os produtores a buscar mercados estrangeiros.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou que o mercado global de aço foi “distorcido por forças não mercantis, onde os produtores que não se beneficiam dos subsídios não conseguem competir em pé de igualdade”.
“A taxa de subsídios ao aço na China (como porcentagem da receita das empresas) é cinco vezes maior do que a média de outras economias parceiras”, acrescentou, destacando que as exportações chinesas de aço mais que dobraram desde 2020.
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As exportações da China atingiram um nível recorde de 118 milhões de toneladas em 2024, enquanto as importações despencaram quase 80%, para 8,7 milhões de toneladas, segundo a OCDE.
A queda no mercado imobiliário chinês provocou uma queda na demanda por aço nos últimos anos. A Angang Steel, terceira maior siderúrgica do mundo, afirmou em março que teve um prejuízo de quase um bilhão de dólares no ano passado.
Essas mudanças para a maior produtora de aço do mundo representam um “desafio significativo” para outros países, já que suas exportações caem e as importações disparam, segundo o relatório “Perspectivas do Aço da OCDE 2025”.
Desde 2020, as importações de aço aumentaram quase 13% na União Europeia e no Reino Unido, 18% no Japão e na Coreia do Sul, 40% na América do Norte, 52% na Turquia, 60% na América do Sul e 77% na Oceania.
As exportações chinesas para terceiros mercados também estão crescendo, acrescentou.
Alguns desses mercados “também estão enfrentando um crescente excesso de capacidade, como o Norte da África, o Oriente Médio e o Sudeste Asiático, que por sua vez aumentam suas exportações, especialmente para os países da OCDE, porque seus mercados internos estão saturados com excesso de aço”, afirma o relatório.
A situação está levando à proliferação de “medidas comerciais”. Em 2024, 19 governos iniciaram 81 “investigações antidumping envolvendo produtos siderúrgicos” — um aumento de cinco vezes em relação ao ano anterior.
“Quase 80% dos casos foram iniciados contra produtores asiáticos, com a China sozinha respondendo por mais de um terço do total”, afirma o relatório.
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs neste ano tarifas de 25% sobre todo o aço importado como parte de sua revolução comercial.
O governo britânico aprovou uma lei de emergência em abril para assumir os últimos altos-fornos siderúrgicos do país, após os proprietários chineses da British Steel terem ameaçado fechar a usina. A Jingye Steel afirmou que a operação britânica não era mais viável.
A abundância de aço barato está afetando drasticamente os esforços de investimento em descarbonização no setor, sendo a própria produção de aço responsável por 8% das emissões globais de CO2.
“As siderúrgicas não podem retornar a níveis saudáveis e sustentáveis de lucratividade até que o excesso de capacidade global e suas consequências sejam significativamente abordados”, afirmou a OCDE.
“A cooperação global é necessária para uma concorrência equitativa no mercado global de aço”, acrescentou.
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