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Número de turistas internacionais nos EUA diminui — prejuízos podem ser ‘assustadores’, estimam pesquisadores

Publicado 28/05/2025 • 15:54 | Atualizado há 3 dias

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Os gastos de visitantes estrangeiros nos Estados Unidos devem cair US$ 8,5 bilhões neste ano, à medida que percepções negativas ligadas à política comercial e migratória fazem com que turistas internacionais escolham outros destinos, segundo nota técnica divulgada pela Oxford Economics.
  • A queda nos gastos, que representa uma retração de cerca de 5% em relação ao ano passado, decorre do menor fluxo de visitantes.
  • As chegadas internacionais aos EUA devem cair cerca de 9% em 2025, afirmou Aran Ryan, diretor de estudos setoriais da Tourism Economics, braço da Oxford Economics, em relatório publicado na semana passada.
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Os gastos de visitantes estrangeiros nos Estados Unidos devem cair US$ 8,5 bilhões neste ano, à medida que percepções negativas ligadas à política comercial e migratória fazem com que turistas internacionais escolham outros destinos, segundo nota técnica divulgada pela Oxford Economics.

A queda nos gastos, que representa uma retração de cerca de 5% em relação ao ano passado, decorre do menor fluxo de visitantes. As chegadas internacionais aos EUA devem cair cerca de 9% em 2025, afirmou Aran Ryan, diretor de estudos setoriais da Tourism Economics, braço da Oxford Economics, em relatório publicado na semana passada.

Regiões e empresas que dependem do turismo estrangeiro devem ser especialmente afetadas. Outras estimativas apontam que a perda econômica pode ser ainda maior.

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) afirmou neste mês que a economia americana pode perder US$ 12,5 bilhões em gastos de turistas internacionais em 2025, um impacto “assustador” que representa “um golpe direto na economia dos EUA, afetando comunidades, empregos e empresas de costa a costa”.

‘A imagem dos EUA importa’ para o turismo

A “postura e política” do governo Trump em questões como segurança nas fronteiras e tarifas sobre parceiros comerciais históricos criaram uma “barreira de sentimento” entre potenciais turistas, escreveu Ryan.

As reservas de voos para os EUA entre maio e julho estavam 11% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, segundo dados até abril, um sinal de perspectiva “fraca” que pode estar ligado à preferência por outros destinos. Europa e Canadá se destacam nas quedas: as reservas estão mais de 10% e 33% abaixo, respectivamente.

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“Os turistas fazem escolhas: para onde e quando viajar, quando reservar, quanto tempo ficar — e, de forma importante, a percepção sobre os EUA importa”, completou Ryan.

A U.S. Travel Association projeta que os Estados Unidos podem perder US$ 21 bilhões em receitas relacionadas ao setor de viagens em 2025 se a tendência atual continuar. Segundo a entidade, cada queda de 1% nos gastos de turistas internacionais representa uma perda de US$ 1,8 bilhão por ano para a economia americana.

Dólar forte pode estar afastando visitantes

Especialistas afirmam que o dólar forte também pode ser um fator dissuasor para turistas estrangeiros.

Embora a moeda americana tenha perdido força nas últimas semanas em relação a outras moedas fortes, ela ainda está em patamar elevado. Isso encarece a viagem para muitos estrangeiros, já que é preciso mais dinheiro para adquirir bens e serviços nos EUA.

Especialistas também apontam temores em relação ao enfraquecimento das perspectivas de crescimento da economia global. Parte dessas preocupações está ligada a barreiras comerciais e à incerteza sobre as políticas de comércio internacional.

O presidente Donald Trump impôs ou anunciou tarifas sobre diversos países e produtos desde sua posse. Mais recentemente, na sexta-feira, ele propôs uma tarifa de 50% sobre a União Europeia, mas adiou a medida dois dias depois, postergando a implementação para 9 de julho.

Um especialista em turismo destacou que a política migratória dos EUA pode ser o fator mais preocupante dos últimos meses.

“Seja justo ou não, está se consolidando a percepção de que mais pessoas estão sendo detidas, mais dispositivos estão sendo revistados e que viajantes legais estão sendo deportados de volta aos seus países de origem”, afirmou Geoff Freeman, presidente e CEO da U.S. Travel Association, à CNBC neste mês. “Isso gera muito medo.”

A Oxford Economics projetava, para 2025, um crescimento de cerca de 9% nas chegadas internacionais e um aumento de 16% nos gastos desses visitantes.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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