Dólar vai a R$ 5,71 após novas tensões entre EUA e China
Publicado 30/05/2025 • 19:46 | Atualizado há 5 dias
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Publicado 30/05/2025 • 19:46 | Atualizado há 5 dias
Notas de dólar
Pixabay
O dólar registrou alta significativa e superou R$ 5,70 nesta sexta-feira (30), em meio a um cenário de aversão ao risco. O aumento dos receios de uma escalada na guerra comercial ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, acusar a China de violar um acordo recente que congelava tarifas por noventa dias.
Além da depreciação global das moedas de mercados emergentes, o real brasileiro acabou afetado por fatores técnicos, como a disputa pela última taxa ptax de maio e a rolagem de posições no mercado futuro. As preocupações fiscais, intensificadas pela insatisfação do setor produtivo e de parte da classe política com o aumento do IOF decretado pelo governo Lula, também influenciaram na redução do interesse por ativos locais.
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O dólar à vista alcançou R$ 5,7405 pela manhã e encerrou o dia em alta de 0,93%, cotado a R$ 5,7195, o maior valor de fechamento desde 7 de maio. Na semana, a moeda acumulou ganhos de 1,28% e subiu 0,76% no mês, com perdas anuais reduzidas para 7,45%.
No exterior, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a seis moedas fortes, operou em leve alta, em torno de 99,380 pontos. Entre as moedas emergentes e de exportadores de commodities, o rand sul-africano e o peso chileno tiveram as maiores quedas, seguidos pelo real.
Andrea Damico, economista-chefe da Buysidebrazil, afirmou que “independentemente dos dados nos EUA hoje, que foram muitos, o vetor mais relevante para o câmbio foi sem dúvida a intensificação da guerra comercial, com Trump acusando a China de não cumprir o acordo firmado. Isso foi o ‘driver’ para um movimento mais clássico de aversão ao risco, com fortalecimento do dólar”. Ela acrescentou, ainda, que o real “não é a pior moeda, mas é uma das piores”, destacando a repercussão negativa do IOF, que pode ser revogado.
À tarde, Trump reiterou críticas à China por violar o acordo comercial, mas expressou intenção de dialogar com Xi Jinping, líder chinês. “Espero que possamos resolver isso”, disse o presidente dos EUA, contente com a decisão judicial que validou as tarifas comerciais anunciadas por seu governo.
Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, observou que o dólar chegou a operar em torno de R$ 5,60 em certos momentos do mês, com expectativa de queda adicional. Contudo, o otimismo foi contido pela deterioração do ambiente externo e o retorno de ruídos políticos e fiscais internos.
Costa afirmou que o real poderia ter tido um desempenho mais favorável quando o cenário externo estava mais estável, mas o pacote fiscal e as dúvidas sobre o IOF pioraram a percepção de risco dos investidores. A deterioração das contas externas pode afetar a moeda brasileira no segundo semestre, quando não haverá mais a entrada de dólares pela exportação da safra agrícola.
Nos EUA, o índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu 0,1% em abril, com alta de 2,1% na comparação anual, ligeiramente abaixo das previsões. O núcleo do PCE avançou 0,1% no mês e 2,5% no ano, em linha com o esperado.
Os indicadores não alteraram a aposta de que o Federal Reserve reduzirá a taxa básica em 50 pontos-base este ano, com um corte inicial em setembro. A política monetária é vista como adequada às incertezas geradas pelas políticas da administração Trump.
Eduardo Velho, economista-chefe da Equador Investimentos, destacou que “a probabilidade maior ainda é de cautela e manutenção dos juros, a despeito do core da inflação do PCE dentro do esperado”, mencionando as incertezas provocadas pela disputa jurídica nos EUA sobre as tarifas de Trump.
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