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Energia

“Guerra pode fechar o Estreito de Hormuz e disparar preço do petróleo”, alerta diretor do CBIE

Publicado 16/06/2025 • 13:19 | Atualizado há 14 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A escalada do conflito entre Israel e Irã voltou a pressionar o mercado global de petróleo e reaqueceu os temores sobre a oferta mundial de energia. A alta no preço do barril já reflete o cenário de tensão no Oriente Médio, com projeções de aumento da demanda e riscos geopolíticos sobre o abastecimento.
  • Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), explicou que 25% de todo o petróleo negociado no planeta passa pelo Estreito de Hormuz.
  • O diretor do CBIE avaliou também a posição da Petrobras diante da volatilidade internacional. Segundo ele, a empresa vive um dilema entre se beneficiar da alta do preço do petróleo como produtora e, ao mesmo tempo, enfrentar as consequências da política de controle de preços de combustíveis no mercado interno.

A escalada do conflito entre Israel e Irã voltou a pressionar o mercado global de petróleo e reaqueceu os temores sobre a oferta mundial de energia. A alta no preço do barril já reflete o cenário de tensão no Oriente Médio, com projeções de aumento da demanda e riscos geopolíticos sobre o abastecimento.

“O fechamento do Estreito de Hormuz causaria um problema para todo o Oriente Médio e para o próprio Irã, mas uma guerra nem sempre respeita fatores lógicos”, afirmou Pedro Rodrigues, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista ao jornal Real Time, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.

Rodrigues explicou que 25% de todo o petróleo negociado no planeta passa pelo Estreito de Hormuz. Segundo ele, um bloqueio no local ou ataques a campos petrolíferos poderiam reduzir a oferta global e provocar uma elevação rápida no preço do barril. “São cenários que analisamos minuto a minuto, mas hoje considero remotos”, disse.

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Petrobras e preço dos combustíveis

O diretor do CBIE avaliou também a posição da Petrobras diante da volatilidade internacional. Segundo ele, a empresa vive um dilema entre se beneficiar da alta do preço do petróleo como produtora e, ao mesmo tempo, enfrentar as consequências da política de controle de preços de combustíveis no mercado interno.

“A Petrobras, nessa política de abrasileirar o preço, acaba suportando a diferença de preços internacionais, prejudicando o caixa da companhia e o acionista”, afirmou.

Papel da OPEP e dependência global

Rodrigues destacou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deve continuar acompanhando a demanda e os desdobramentos do conflito. Ele lembrou que o cartel atua para regular preços e controlar a concorrência. “É muito difícil controlar o que cada membro vai fazer, porque as punições são complicadas”, disse, referindo-se a recentes desentendimentos entre o Irã e a organização.

Questionado sobre a dependência energética global do Oriente Médio, o especialista afirmou que, apesar dos investimentos em energias renováveis e da transição energética, o consumo de petróleo cresceu nos últimos 13 anos. “O mundo reduziu os investimentos em novas fronteiras de exploração e continuou consumindo petróleo, o que reforçou o poder da OPEP e do Oriente Médio”, afirmou.

Para Rodrigues, a transição energética precisa incluir a indústria petrolífera. Ele argumentou que o Acordo de Paris prevê a compensação das emissões e não a eliminação do consumo de petróleo. “Atacar a demanda é impossível. O avanço da transição passa necessariamente por trazer as empresas de petróleo para a mesa”, concluiu.

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