Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Brasil sobe em ranking global de competitividade, mas continua entre os últimos
Publicado 17/06/2025 • 06:55 | Atualizado há 7 horas
Grandes CEOs do petróleo soam o alarme com escalada de ataques entre Israel e Irã
Smartphone de US$ 499 de Trump provavelmente será fabricado na China
Daniel Ek, do Spotify, lidera investimento de R$ 3,36 bilhões em startup de defesa Helsing
Ouro supera os títulos do Tesouro, o iene e o franco suíço como o melhor porto seguro
CNBC Daily Open: O desejo do Irã por um cessar-fogo impulsiona os mercados dos EUA; Israel indica que não vai recuar
Publicado 17/06/2025 • 06:55 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Brasil teve seu melhor desempenho no pilar de performance econômica (30º lugar).
Agência CNI
Mesmo com o avanço de quatro posições em ranking global de competitividade, o Brasil continua entre os últimos colocados. Neste ano, o país aparece na 58ª posição entre 69 nações avaliadas pelo Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).
Leia mais:
Câmara aprova urgência de projeto que susta aumento do IOF por 346 votos a 97
Taxas curtas de juros ficam estáveis por Copom e longas recuam com exterior
O levantamento mostra que a melhora foi impulsionada por fatores conjunturais, como o aumento do investimento direto estrangeiro e da geração de empregos, mas que o Brasil ainda está distante de reformas estruturais que sustentem seu desenvolvimento em longo prazo.
“Subir no ranking é uma boa notícia, mas, do ponto de vista estrutural, não há o que comemorar. O Brasil ainda precisa enfrentar desafios profundos para ser competitivo de verdade”, afirmou Hugo Tadeu, diretor do núcleo de Inovação, Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais da FDC, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira, 16.
O ranking avalia quatro pilares principais: desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.
O Brasil teve seu melhor desempenho no pilar de performance econômica (30º lugar), impulsionado por indicadores como o fluxo de investimento direto estrangeiro (5º), o crescimento de longo prazo do emprego (7º), a atividade empreendedora em estágio inicial (8º) e a participação em energias renováveis (5º).
Por outro lado, segue entre os últimos colocados em áreas essenciais para a competitividade global, como educação básica (69º), habilidades linguísticas (69º), produtividade da força de trabalho (67º), mão de obra qualificada (68º) e custo de capital (69º).
“O Brasil está crescendo com o apoio de setores tradicionais, como o agronegócio e a mineração, mas falta qualidade nesse crescimento. Sem força de trabalho qualificada, tecnologia e inovação, não vamos sustentar esse avanço no longo prazo”, avaliou Tadeu.
O salto de quatro posições é considerado positivo, mas frágil. “Houve uma melhora em indicadores conjunturais, como renda per capita, formação bruta de capital e investimento industrial. Mas são movimentos de curto prazo, que não garantem continuidade. Competitividade se constrói com políticas públicas de longo prazo, e não com medidas emergenciais.”
Segundo ele, países que lideram o ranking, como Suíça (1º), Cingapura (2º), Dinamarca (4º) e Taiwan (6º), compartilham características como abertura comercial, estabilidade regulatória, sistema educacional de excelência e estratégias de transferência de conhecimento entre universidades e o setor produtivo.
“Esses países têm uma visão de futuro. O Brasil, por outro lado, continua reagindo às circunstâncias com medidas fragmentadas. Se não enfrentarmos nossos gargalos estruturais, como o custo do capital e a baixa qualificação, vamos continuar presos ao que a economia chama de voo de galinha”, disse.
Aumento de impostos afugenta capital
Tadeu aponta que o Brasil segue na contramão das principais economias competitivas ao elevar impostos. A recente alta do IOF e o aumento da carga tributária, segundo ele, tornam o ambiente de negócios mais hostil e afastam investimentos. “Estamos sufocando o setor produtivo. O aumento de impostos encarece o custo do dinheiro e afugenta o capital privado. Estamos na contramão do mundo”, afirmou.
Ele alertou também para o uso crescente de subsídios como ferramenta econômica. Embora o Brasil tenha avançado nesse indicador, o resultado não representa, necessariamente, uma melhora estrutural. “Destinar recursos a setores específicos pode significar menos recursos para outras áreas importantes. Esses incentivos precisam estar ligados a uma estratégia nacional de longo prazo”, completou.
Caminhos possíveis
Para começar a reverter o cenário, Tadeu defende que reduzir o custo de capital deve ser prioridade. Isso envolve simplificar o sistema tributário, garantir um ambiente regulatório mais estável e oferecer previsibilidade para investidores.
Ele ressalta também a necessidade de investir na qualificação da mão de obra, especialmente nas médias empresas, e de preparar lideranças para lidar com a transformação digital. “O mundo já surfa ondas tecnológicas, e o Brasil precisa formar profissionais capazes de acompanhar esse ritmo.”
Apesar dos entraves, o relatório reconhece que o País tem ativos importantes, como a matriz energética limpa, a capacidade de atrair capital estrangeiro e setores resilientes, como o agronegócio e os serviços. No entanto, Tadeu reforça que é preciso ir além: “O Brasil tem potencial, mas precisa deixar de ser apenas uma promessa. Crescimento sustentável exige estratégia, educação e inovação.”
—
📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
No Paris Air Show, Embraer perde contrato de US$ 2,7 bi para Airbus; mas fecha negócio inédito com a Holanda
Brasil sobe em ranking global de competitividade, mas continua entre os últimos
CVM nega suspensão de assembleia sobre fusão Marfrig-BRF, mas adia reunião em três semanas
Cade aprova aquisição de 58% do Banco Master pelo BRB
Grupos de transporte marítimo começam a se afastar do Estreito de Ormuz; conflito entre Israel e o Irã se intensifica