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Irã ataca Israel de norte a sul; ONU alerta para risco de a guerra sair do controle

Publicado 20/06/2025 • 21:41 | Atualizado há 8 horas

Estadão Conteúdo

ISR - ISRAEL/IRÃ/CONFLITO/ATAQUES - INTERNACIONAL - Forças de segurança israelenses e equipes de emergência trabalham junto aos escombros de um prédio desabitado atingido por um míssil disparado do Irã, em Haifa, Israel, nesta sexta- feira, 20 de junho de 2025. Israel e Irã trocaram ataques hoje, o oitavo dia de conflito entre os dois países, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia o envolvimento militar dos EUA e novos esforços diplomáticos podem estar em andamento. 20/06/2025 - Foto: BAZ RATNER/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

As Forças Armadas do Irã lançaram um novo ataque com mísseis balísticos contra Israel na tarde desta sexta-feira (20). Segundo o Exército israelense, ao menos 35 mísseis foram disparados contra as cidades de Haifa, Bersheeva e Tel-Aviv. Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas.

Em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU também se reuniu nesta sexta (20) para discutir o confronto entre Israel e Irã-geral Antonio Guterres alertou para o risco de a guerra sair de controle.

“Não estamos caminhando lentamente em direção a uma crise, estamos correndo em direção a ela”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao Conselho de Segurança em Nova York. Ele pediu a Israel e ao Irã que resolvessem suas diferenças pacificamente.

O ataque em Haifa teve como principal alvo a área do porto da cidade, um dos principais em Israel. Grandes colunas de fumaça foram vistas na região, depois de o sistema de defesa aéreo israelense não conseguir interceptar todos os mísseis balísticos iranianos.

Sarit Golan-Steinberg, vice-prefeito de Haifa, disse que edifícios próximos ao principal porto da cidade foram danificados após um míssil iraniano ter caído nas proximidades. “Estamos indo de prédio em prédio para avaliar os danos”, disse. Em resposta, a Força Aérea israelense atacou baterias antiaéreas no sudoeste do Irã.

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O chefe do exército de Israel, o general Eyal Zamir, também alertou para que a população se prepare para uma “guerra longa” contra o Irã. A mensagem foi dada em meio a mais um dia de intensos ataques trocados entre israelenses e iranianos. “Lançamos a campanha mais complexa da nossa história”, disse o general. “Devemos nos preparar para uma campanha prolongada. Apesar dos avanços importantes, dias difíceis nos aguardam.”

Entre os avanços, segundo Zamir, está a redução do arsenal iraniano. Antes da operação, o Irã possuía cerca de 2,5 mil mísseis terra-terra e planejava produzir outros 5,5 mil nos próximos dois anos, e estava promovendo avanços no campo nuclear – que Israel diz, sem apresentar provas, que caminhava para a fabricação de uma bomba atômica, embora Teerã negue que o programa tenha fins militares.

Reunião na ONU

Vasili Nebenzya, embaixador da Rússia na ONU, acusou os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha de espalharem a “invenção infundada” de que o Irã planejava construir armas nucleares.

Na reunião do Conselho de Segurança, ele disse que essas nações e a AIEA, órgão da ONU responsável pela fiscalização nuclear que declarou que o Irã havia violado o tratado de não proliferação, eram “cúmplices” dos ataques israelenses.

Negociações em Genebra

Os ataques ocorrem em meio a negociações entre diplomatas iranianos e europeus que discutem o programa nuclear iraniano e o futuro do conflito em Genebra, na Suíça.

Referindo-se às negociações nucleares com Washington, que foram prejudicadas pela guerra, Araghchi disse que “o Irã está pronto para considerar a diplomacia novamente, assim que a agressão for interrompida”.

Teerã “apoiou a continuação das discussões com” os países europeus e estava disposto a “se reunir novamente em um futuro próximo”, disse Araghchi a repórteres.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, instou o Irã a retomar as negociações com todas as partes “sem esperar o fim dos ataques”.

Trump diz que Irã tem ‘no máximo’ duas semanas para evitar ataques

O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira (20) que o Irã tinha um “máximo” de duas semanas para evitar possíveis ataques aéreos dos EUA, um dia após afirmar que tomaria uma decisão dentro de duas semanas sobre se realizaria uma ação militar.

“Estou dando a eles um prazo, e diria que duas semanas seria o máximo”, disse Trump a repórteres quando questionado se poderia decidir atacar o Irã antes disso.

“Sou sempre um pacificador, mas as vezes é preciso um pouco de dureza para conseguir a paz”, adicionou o presidente americano.

Protestos no Oriente Médio

Milhares de pessoas no Iraque, Líbano e Irã – países de maioria xiita – foram às ruas na sexta-feira de preces para protestar contra a guerra.

Em Teerã, capital do Irã, multidões saíram das mesquitas e invadiram as praças centrais, pisoteando e queimando bandeiras israelenses e americanas enquanto erguiam retratos do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Gritos de “Morte a Israel” e “Morte aos Estados Unidos” ecoaram da multidão de manifestantes enquanto marchavam no que a mídia estatal iraniana chamou de protestos de “raiva e vitória”.

Manifestações semelhantes em apoio às forças armadas do país também foram relatadas em pelo menos meia dúzia de outras cidades iranianas, incluindo Tabriz e Mashhad.

“Campanha prolongada”

O chefe das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, alertou que seu país deveria estar “pronto para uma campanha prolongada” contra o Irã, enquanto os inimigos de longa data trocavam tiros pelo oitavo dia.

“Embarcamos na campanha mais complexa da nossa história para remover uma ameaça de tal magnitude contra um inimigo como esse. Devemos estar prontos para uma campanha prolongada”, disse Zamir em uma declaração em vídeo aos israelenses.

Israel lançou ataques contra o Irã em 13 de junho, que combinaram assassinatos seletivos de militares importantes com ataques às instalações nucleares e de mísseis do Irã.

Ele disse que os israelenses precisam se preparar para mais dificuldades, já que o país sofre ataques diários de mísseis balísticos iranianos.

Em entrevista à publicação alemã Bild, o principal diplomata israelense, Gideon Saar, disse que Israel acredita ter atrasado o programa nuclear do Irã em “dois a três anos”, mas afirmou que os ataques continuarão para “remover essa ameaça”.

(Com agências internacionais)

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