Mercado aumenta estimativa para inflação e Dólar após pacote fiscal; Selic sobe para 12,63%
Publicado 02/12/2024 • 09:10 | Atualizado há 6 meses
Publicado 02/12/2024 • 09:10 | Atualizado há 6 meses
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O mercado voltou a elevar as estimativas para a inflação, Selic e o Dólar para o ano que vem. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 4,35% para 4,4% em 2025, ficando mais próxima do limite superior da meta de 4,5% do que do centro, que é de 3%.
A partir do próximo ano, a meta será contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses. Caso ultrapasse o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
Para 2024, a mediana foi de 4,63% para 4,71%, acima do teto da meta de 4,50%. Esse aumento ultrapassa o teto da meta estabelecida, que é de 4,5%. Há um mês, a projeção era de 4,59%. Nos últimos cinco dias úteis, com base em 72 estimativas, a mediana subiu de 4,64% para 4,82%.
Já para 2026, a expectativa subiu de 3,78% para 3,81%, afastando-se do centro da meta pela quinta semana consecutiva. A projeção para 2027 teve uma ligeira redução de 3,51% para 3,5%.
Para a taxa básica de juros (Selic), a expectativa é de 12,63%, contra 12,25% na semana passada, cravando a terceira previsão de alta seguida para o próximo ano. Já para este ano, a estimativa segue em 11,75%. Atualmente, os juros estão em 11,25% ao ano.
O mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) siga em 1,95% no ano que vem e que expanda 3,22 ao fim de 2024.
Já o preço do Dólar subiu no ano que vem, a R$ 5,60. Na edição anterior, a previsão era de R$ 5,55. Para 2024, segue a estimativa de R$ 5,70.
Na última sexta-feira (29), o dólar atingiu R$ 6, impulsionado pelo desconforto do mercado em relação ao pacote de ajuste fiscal do governo. Fatores técnicos, como a rolagem de contratos futuros e a formação da última taxa Ptax de novembro, também influenciaram a alta.
Por volta de 9h50 (horário de Brasília) desta segunda-feira (2), o dólar comercial subia 0,29%, a R$ 6,018.
Essa é a primeira publicação do Boletim Focus após a apresentação do pacote fiscal e reforma do Imposto de Renda na semana passada.
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