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Huawei abre código de modelos de IA enquanto busca adoção no mercado global
Publicado 01/07/2025 • 07:01 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 01/07/2025 • 07:01 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Estande da Huawei no MWC Barcelona 2025.
Divulgação
A Huawei tornou de código aberto dois de seus modelos de inteligência artificial — uma iniciativa que, segundo especialistas em tecnologia, ajudará a empresa chinesa, incluída na lista de sanções dos EUA, a continuar expandindo seu ecossistema de IA e a conquistar espaço no exterior.
A gigante da tecnologia anunciou na segunda-feira a abertura do código de modelos da série Pangu, além de parte de sua tecnologia de raciocínio de modelos.
As medidas seguem a tendência de outras empresas chinesas de IA que continuam apostando em uma estratégia de desenvolvimento com código aberto. Também nesta segunda, a Baidu disponibilizou publicamente sua série de modelos de linguagem Ernie.
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Especialistas disseram à CNBC que os anúncios mais recentes da Huawei não apenas reforçam seu posicionamento como desenvolvedora de modelos de linguagem de código aberto, mas também evidenciam seu fortalecimento ao longo de toda a cadeia de valor da IA, mesmo diante das restrições de exportação de chips de IA impostas pelos Estados Unidos.
Nos últimos anos, a companhia deixou de ser apenas uma competente empresa privada de telecomunicações e se transformou em um “gigante musculoso da tecnologia, atuando em toda a pilha de hardware e software de IA”, afirmou Paul Triolo, sócio e vice-presidente sênior para China da consultoria DGA-Albright Stonebridge Group.
No comunicado de segunda-feira, a Huawei afirmou que tornar os modelos de código aberto é mais uma medida importante dentro da “estratégia do ecossistema Ascend”, com o objetivo de acelerar a adoção da inteligência artificial em “milhares de indústrias”.
O ecossistema Ascend se refere aos produtos de IA baseados na série de chips Ascend, da própria empresa, considerados amplamente os principais concorrentes chineses frente aos produtos da americana Nvidia, que atualmente enfrenta restrições para vender suas tecnologias mais avançadas à China.
Tornar o modelo Pangu de código aberto permite que desenvolvedores e empresas testem e personalizem as ferramentas conforme suas necessidades, explicou Lian Jye Su, analista-chefe da consultoria Omdia. “A medida deve incentivar o uso de outros produtos da Huawei”, completou.
Segundo especialistas, a combinação entre os modelos Pangu e os chips de IA e produtos relacionados da própria Huawei oferece à empresa uma vantagem única, permitindo otimizar suas soluções e aplicações de IA.
Enquanto concorrentes como a Baidu apostam em modelos de linguagem com capacidades amplas, a Huawei tem priorizado soluções especializadas para setores como governo, finanças e manufatura.
“A Huawei não é tão forte quanto empresas como DeepSeek e Baidu no nível geral de software, mas isso não é necessário”, afirmou Marc Einstein, diretor de pesquisa da Counterpoint Research.
“O objetivo dela é, no fim das contas, usar produtos de código aberto para impulsionar a venda de hardware, o que representa um modelo totalmente diferente do dos concorrentes. A Huawei também colabora com DeepSeek, Baidu e outras empresas, e continuará fazendo isso”, acrescentou.
Ray Wang, analista principal da Constellation Research, comparou a estratégia da Huawei, que vai do chip ao modelo, à do Google, que também desenvolve chips de IA e modelos como o Gemma, de código aberto.
O anúncio desta segunda-feira também pode contribuir para as ambições internacionais da Huawei. A empresa, junto de nomes como Zhipu AI, vem expandindo gradualmente sua atuação em mercados estrangeiros.
No comunicado, a Huawei convidou desenvolvedores, parceiros corporativos e pesquisadores de todo o mundo a baixarem e utilizarem seus novos produtos abertos, com o objetivo de coletar feedbacks e aprimorá-los.
“A estratégia de código aberto da Huawei tende a ter boa recepção em países em desenvolvimento, onde empresas são mais sensíveis a preços, como já acontece com outros produtos da marca”, avaliou Einstein.
Como parte dessa estratégia global, a companhia também busca levar suas soluções de centros de dados de IA a novos países.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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