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Family offices intensificam negociações em junho com apostas em biotecnologia
Publicado 07/07/2025 • 21:30 | Atualizado há 11 horas
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Publicado 07/07/2025 • 21:30 | Atualizado há 11 horas
KEY POINTS
Family offices vem focando em biotecnologia
Unsplash
Para firmas de investimento dos ultrarricos, o ritmo de negócios está esquentando. Em junho, family offices (escritórios de gestão de fortunas familiares) realizaram 60 investimentos diretos em empresas, encerrando uma sequência de três meses consecutivos de queda na atividade de negócios, segundo dados fornecidos com exclusividade à CNBC pela Fintrx.
Esse número representa uma melhora em relação aos 47 negócios registrados em maio, embora seja uma queda de 40% na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a plataforma de gestão de fortunas privadas.
O mês de junho registrou negócios de destaque no setor de entretenimento. O escritório de investimentos da família fundadora da Nintendo comprou uma participação minoritária no estúdio de cinema independente K2 Pictures por um valor não divulgado. O Yamauchi No. 10 Family Office também está investindo no fundo de produção cinematográfica da startup, uma estratégia de financiamento ao estilo de Hollywood que é rara no Japão.
Nos Estados Unidos, o bilionário da Blackstone David Blitzer participou de uma rodada de captação de US$ 20 milhões (cerca de R$ 109,6 milhões, na cotação atual) para a Ballers, um clube para membros voltado a esportes como padel e golfe virtual. Vários atletas profissionais, incluindo o membro do Hall da Fama do tênis Andre Agassi, também participaram da rodada.
Mas os setores de biotecnologia e saúde se mostraram ainda mais populares, respondendo por nove dos investimentos realizados por family offices influentes. A Antheia, fabricante de um ingrediente do Narcan (medicamento de reversão de overdose), levantou uma Série C de US$ 56 milhões (R$ 306,88 milhões) com investidores como os family offices Athos KG e S-Cubed Capital.
Os sócios da Athos KG, os bilionários gêmeos Andreas e Thomas Strüngmann, fizeram fortuna com a farmacêutica de genéricos Hexal e também investiram na desenvolvedora da vacina contra a Covid BioNTech.
A S-Cubed Capital é comandada pelo bilionário e ex-sócio da Sequoia, Mark Stevens.
A Hillspire, do ex-CEO do Google, Eric Schmidt, é investidora da Antheia desde sua Série B de US$ 73 milhões (R$ 400 milhões) em 2021.
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Christina Smolke, cientista que se tornou empreendedora, cofundou a Antheia em 2015 após descobrir a bioengenharia de leveduras para fabricar opioides de uso médico em menos de duas semanas. Normalmente, o processo de produção de hidrocodona a partir da papoula do ópio pode levar até dois anos, entre o cultivo, a colheita e a extração, disse Smolke em entrevista à CNBC.
Smolke, professora de Stanford com doutorado em engenharia química, disse à Inside Wealth que os family offices, que geralmente operam com horizontes de investimento de longo prazo, são particularmente adequados para investimentos em biotecnologia.
“Esses são problemas complexos. Não existe uma solução rápida que vamos simplesmente aplicar”, disse ela. “Os family offices tendem a ser pacientes com seus investimentos, e isso se alinha muito bem com os ciclos e os prazos necessários na biotecnologia para trazer novos produtos, novas tecnologias e transformações sistêmicas para a área da saúde”.
No final de 2024, a Antheia lançou seu primeiro produto: tebaína, um ingrediente-chave do Narcan, usado para reverter overdoses. A rodada recente de financiamento permitirá à Antheia expandir a produção da Europa para os EUA e levar outros produtos ao mercado. Sediada em Menlo Park, Califórnia, a empresa está desenvolvendo mais de 70 ingredientes farmacêuticos essenciais para medicamentos usados no tratamento de câncer, infecções bacterianas, convulsões e outras condições.
“O aspecto central que permeia tudo isso é a capacidade de reconstruir essas cadeias de suprimento de medicamentos essenciais, de forma que a escassez de remédios se torne coisa do passado e o acesso, globalmente, se torne mais equitativo”, disse ela.
Para family offices com foco em impacto social, a biotecnologia pode ser um campo já familiar, disse Smolke.
“Ela pode falar diretamente com os investidores”, afirmou. “Acho que todos nós já experimentamos, de forma direta, os desafios causados pela falta de medicamentos — mesmo nos EUA — como ir ao supermercado e não encontrar remédios para resfriado ou não conseguir certos antibióticos”.
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