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Ibovespa B3 cai com tensão por tarifas dos EUA, mas recuo é moderado pela alta do minério
Publicado 10/07/2025 • 11:59 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 10/07/2025 • 11:59 | Atualizado há 2 meses
CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimentação na Bolsa de Valores, B3, no centro de São Paulo, em 14 de maio de 2025.
O Ibovespa abriu esta quinta-feira, 10, em queda, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar, no fim da tarde de quarta-feira, 9, tarifa de 50% para produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto.
Como a ameaça já refletiu no pregão desta quinta-feira (10), quando o principal indicador da B3 fechou em baixa de 1,31%, aos 137.480,79 pontos, o recuo é menos expressivo, levando-se em conta ainda a alta de 3,67% do minério hoje em Dalian, na China. Assim, as ações ligadas à commodities avançam. Vale, por exemplo, sobe em torno de 4% nesta manhã.
“O mercado não esperava que isso iria acontecer, foi uma grande surpresa para todo mundo, os contratos de depósito interfinanceiro (Dis) estressaram ontem e hoje. O IPCA de junho e os núcleos vieram acima do teto da meta no acumulado de 12 meses, e nos Estados Unidos os pedidos de auxílio-desemprego sugerindo que o Fed pode demorar um pouco para começar a cortar os juros, ainda mais com essas questões das tarifas”, diz Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Em meio a incertezas sobre os reais impactos do aumento das tarifas, dado que ainda faltam detalhes sobre a medida, a desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho, para 0,24%, acima da mediana de 0,20% das projeções, após elevação de 0,26% em maio, fica em segundo plano. Em 12 meses, acumula inflação de 5,35%. Desta forma, o Banco Central divulgará uma carta explicando o estouro do teto da meta, que é 4,50%, às 18 horas.
A nova meta de inflação contínua passou a valer este ano. No novo regime, o cumprimento do alvo é apurado com base na inflação acumulada em 12 meses – e não no IPCA de um ano fechado, como era até 2024. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância (1,5% a 4,5%) por seis meses seguidos, considera-se que o BC perdeu a meta.
“A desaceleração do IPCA causaria uma pressão menor nos juros futuros, mas nem chega a atingi-los dado o problemas que temos agora. Fica totalmente ofuscado por essa bomba que o Brasil recebeu ontem”, afirma Marcos Praça, diretor de Análise na ZERO Markets Brasil.
Na manhã desta quinta, os juros futuros avançam com força e o dólar em relação ao real chegou a subir para R$ 5,622, na máxima, elevação em torno de 2%, mas arrefecia para R$ 5,5415 (alta de 0,7%). Isso penaliza principalmente ações mais sensíveis ao ciclo econômico e de exportadoras na B3, fora as metálicas, devido ao minério de ferro. Além disso, o petróleo recua cerca de 1% no exterior, assim como a maioria dos índices das bolsas em Nova York.
“Exportadores brasileiros de commodities como aço, café, petróleo vão sofrer mais se de fato as tarifas entrarem em vigor, contaminando seus lucros”, pontua Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3.
Em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump citou como justificativa para o tarifaço “centenas de ordens de censura secretas e injustas para plataformas de mídia social dos EUA” e o que classificou como uma “caça às bruxas” que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sofrendo em razão do processo no qual é réu por tentativa de golpe de Estado.
Além da possibilidade de a medida afetar exportadoras brasileiras, traz risco ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento sobre produtos brasileiros deve elevar a tarifa efetiva para 35,5%, calcula o Goldman Sachs, com impacto negativo estimado de 0,3 a 0,4 ponto porcentual no PIB de 2025.
Às 11h21 desta quinta, o Ibovespa caía 0,72%, aos 136.488,86 pontos, ante abertura aos 137.471,88 pontos, com recuo de 0,01%, e mínima em 136.014,47 pontos (-1,07%). De 84 papéis, 13 subiam. Vale avançava 4,359%, sendo a segunda maior alta, a primeira era CSN ON (5,17%). Já Embraer liderava o grupo das quedas (-6,98%), empresa que deve ser uma das mais prejudicadas pelo tarifaço americano.
“A correção dos ativos será infinitamente maior será as tarifas passarem a valer”, adverte diretor de Análise na ZERO Markets Brasil.
Kevin Oliveira, da Blue 3, ainda acrescenta que os lucros das empresas podem ficar comprometidos, se as tarifas passarem a vigorar em agosto, como prometido por Trump. Se isso acontecer, os custos tenderão a ser repassados ao consumidor e gerar mais inflação. “Nessa batalha, o Brasil tem mais a perder do que a ganhar”, diz.
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