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CEO da ABBC diz que tarifas pressionam setores e anuncia nova plataforma para antecipação de crédito
Publicado 11/07/2025 • 21:53 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 11/07/2025 • 21:53 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
A sobretaxa de 50% que os Estados Unidos anunciaram sobre produtos brasileiros tem gerado expectativa no setor bancário. Segundo Leandro Vilain, CEO da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), o sistema financeiro acompanha com atenção os impactos da medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
Em entrevista ao Jornal Times Brasil, Vilain afirmou que os bancos monitoram de perto os desdobramentos e que os efeitos devem ser mais concentrados em setores específicos, como o agronegócio e a indústria aeronáutica. “São setores robustos, que têm capacidade de encontrar novos equilíbrios”, avaliou.
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Apesar da preocupação, o CEO da ABBC disse acreditar que prevalecerá o diálogo entre os governos do Brasil e dos EUA. “Estamos otimistas de que poderá haver um acordo antes de agosto”, afirmou. Ele também ressaltou que as tarifas geram distorções econômicas não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, podendo pressionar os preços internos e provocar mudanças nas cadeias de fornecedores.
Vilain avaliou que, mesmo com a tensão tarifária, não há motivo para o Banco Central alterar a política monetária no curto prazo. “Na média da economia, o peso das exportações brasileiras para os EUA não é suficiente para gerar pressão inflacionária ou cambial que justifique aumento de juros”, disse.
Segundo ele, parte da produção afetada poderá ser redirecionada para outros mercados ou absorvida internamente, criando um efeito de compensação.
Questionado sobre o papel do sistema financeiro, Vilain afirmou que os bancos estão atentos às demandas por financiamento à exportação e à manutenção de linhas de crédito para os setores mais expostos. “Estamos falando de setores com estrutura sólida, que devem resistir a eventuais pressões de curto prazo”, afirmou.
Durante a entrevista, o CEO da ABBC também apresentou uma nova plataforma de escrituração de duplicatas, desenvolvida com base em resoluções do Banco Central de 2020 e 2023. A ferramenta permite registrar eletronicamente os recebíveis de empresas, oferecendo mais segurança, padronização e transparência ao sistema.
Segundo Vilain, a plataforma facilita a antecipação de crédito, reduz a inadimplência e os custos operacionais, além de permitir taxas mais baixas para as empresas. “O saldo atual de duplicatas antecipadas no Brasil gira em torno de R$ 230 bilhões. Com a nova estrutura, o potencial é chegar a trilhões de reais”, destacou.
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