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Trump pode aumentar tarifas se vínculo com Bolsonaro se confirmar, diz economista do Ibmec
Publicado 18/07/2025 • 19:20 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 18/07/2025 • 19:20 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro gerou repercussões no mercado financeiro e acendeu alertas sobre possíveis impactos nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
“Se já chegou nesse nível de relacionamento entre Bolsonaro e Trump, via intermediação de Eduardo Bolsonaro, é possível que ele realmente aposte e passe a taxar novos produtos e serviços”, afirmou o economista e professor de Relações Internacionais do Ibmec-RJ, José Niemeyer, em entrevista ao Radar, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Entre os produtos que podem ser afetados, Niemeyer citou as exportações de carne bovina. “O Brasil exporta muito o dianteiro do boi para os Estados Unidos, usado na produção de hambúrguer, que é um dos alimentos mais consumidos pelos americanos”, disse.
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O professor avalia que o Brasil depende mais economicamente dos EUA do que o contrário, mas alerta que a medida pode prejudicar a própria economia norte-americana. “Trump está tentando criar uma autarquia que produza tudo internamente. Ele não vai conseguir. Vai gerar aumento da dívida pública, expectativa de inflação e juros”, explicou.
Segundo Niemeyer, produtos como o álcool anidro também ganham relevância, especialmente pelo crescimento da produção brasileira a partir do milho. “Não derrubamos nenhuma árvore para plantar cana. São estados onde as florestas já haviam sido derrubadas desde a formação do país”, afirmou.
Ao comentar o impacto das declarações públicas de líderes políticos sobre o caso, Niemeyer avaliou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria reduzir sua exposição sobre o tema. “É melhor que ele se retire um pouco, principalmente das notícias, e coloque a negociação no colo daqueles que sabem negociar”, sugeriu, referindo-se à equipe do Itamaraty.
O economista ainda criticou o uso de medidas comerciais como forma de interferência na política interna de outro país. “Não se encaixa. O presidente dos Estados Unidos não pode fazer uma troca que envolve chantagem entre questões que dizem respeito a toda a sociedade brasileira”, afirmou.
Para Niemeyer, há dois caminhos possíveis para o Brasil diante da tarifação anunciada. O primeiro seria o técnico e diplomático, com base em dados econômicos e tratados internacionais. O segundo, mais político, buscaria defender a soberania brasileira de forma mais assertiva. Ele considera que a primeira opção oferece mais chances de êxito.
“A vaidade dos dois líderes — Lula e Trump — não colabora com a resolução institucional do conflito”, concluiu. Ele defendeu que as negociações sejam conduzidas por diplomatas como o chanceler Mauro Vieira e a embaixadora Maria Luisa Viotti, representantes que, segundo ele, possuem a qualificação necessária para conduzir as tratativas com os EUA.
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