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Apesar dos juros altos, mercado imobiliário encerra 2025 com resiliência, diz executivo
Publicado 18/12/2025 • 16:51 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 18/12/2025 • 16:51 | Atualizado há 2 horas
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Mesmo sob influência de um ambiente macroeconômico desafiador, marcado por juros elevados, crédito mais seletivo e maior cautela dos investidores, o mercado imobiliário brasileiro encerrou 2025 com resiliência. A avaliação é de Igor Melro, diretor de marketing e comercial da Porte Engenharia e Urbanismo, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC nesta quinta-feira (18).
“A política monetária restritiva desacelerou o ritmo de lançamentos em alguns segmentos, especialmente no médio e no alto padrão”, afirmou Melro. Ainda assim, segundo ele, o desempenho do setor surpreendeu ao longo do ano. “O Brasil se mostra resiliente, evidentemente é um país muito grande, muito potente, e é importante a gente analisar a região por região, mas no consolidado a gente percebe que é positivo.”
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De acordo com o executivo, o impacto dos juros varia conforme a dinâmica econômica local. “É importante a gente analisar a região em relação à potência, à pujança da economia de cada uma delas”, disse. Em São Paulo, por exemplo, o mercado apresentou números expressivos mesmo com a Selic em patamar elevado. “A cidade de São Paulo, quando a gente olha para a metrópole, traz números muito expressivos, positivamente falando, independente da questão da taxa de juros.”
Dados do setor mostram que cerca de 400 mil unidades foram lançadas no país em 2025. Só na capital paulista, foram aproximadamente 150 mil unidades, alta de cerca de 30% em relação a 2024. Um dos principais motores desse movimento foi o programa Minha Casa Minha Vida, que registrou vendas 25% maiores no semestre e concentrou a maior parte dos lançamentos.
“Quando a gente olha para o setor econômico de atendimento de déficit habitacional, o déficit é bastante grande. Então ele se mostra bastante resiliente com um momento positivo nesse produto do Minha Casa Minha Vida”, acrescentou.
A Porte Engenharia e Urbanismo tem atuação concentrada na Zona Leste de São Paulo, região marcada pelo perfil predominantemente residencial. “A gente vem fazendo um trabalho para tentar entender o ecossistema de maneira 360”, explicou Melro. “Compreendendo o universo de entretenimento, saúde, ensino e serviços dos mais diversos.”
Segundo ele, há uma demanda crescente por instalação de empresas na região, o que amplia o escopo dos empreendimentos. “A gente pôde perceber uma demanda bastante grande das empresas poderem se instalar de maneira mais qualificada na região, além desse universo da moradia que a gente já atua há muitos anos.”
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A empresa atua principalmente em bairros como Mooca, Tatuapé, Jardim Anália Franco e Penha. “Nessas regiões, a gente vai fazendo um trabalho que, no nosso entendimento, pode ter um desdobramento para a região leste como um todo”, disse Melro. Ele destacou ainda os desafios de mobilidade urbana. “Esse é um ponto que faz com que o desenvolvimento da região seja necessário.”
Sobre o impacto dos juros no ritmo de novos investimentos, o executivo destacou que o custo do capital influencia diretamente as decisões. “O custo do capital, de um modo geral, seja para o consumidor ou o investidor, passa a ser uma reflexão importante na tomada de decisão.” Ainda assim, ele vê perspectivas mais favoráveis à frente. “A gente observa aí uma perspectiva futura para 2026 positiva, com uma indicação já da estabilidade da Selic e uma possível queda.”
Melro também ponderou que a comparação direta entre mercado financeiro e imobiliário nem sempre reflete a realidade do setor. “Historicamente, a valorização do imóvel e a rentabilidade do imóvel somadas são muito superiores à Selic, mesmo nos patamares em que ela se encontra atualmente”, afirmou. “Só que esse não pode ser o único fator que a gente analisa.”
Para 2026, o executivo demonstrou otimismo, especialmente com projetos de uso misto. “A gente tem aí uma diversidade de usos para muitos desses produtos vindo pela frente”, disse. “Isso faz com que a gente consiga ter a moradia, o trabalho, o ensino e o entretenimento convivendo.”
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