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Cade aprova, sem restrições, fusão entre BRF e Marfrig, criando a MBRF Global Foods
Publicado 05/09/2025 • 15:54 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/09/2025 • 15:54 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta sexta-feira (5) a fusão entre BRF e Marfrig, que dará origem à MBRF Global Foods, confirmando decisão anterior da Superintendência-Geral (SG/Cade).
A operação, apresentada em maio deste ano, prevê a incorporação de todas as ações da BRF que ainda não estavam sob controle da Marfrig. Em contrapartida, os acionistas da companhia incorporada receberão papéis da Marfrig. A autarquia avaliou que a participação conjunta das empresas nos mercados com sobreposição horizontal é inferior a 20%, enquanto nos mercados verticalmente integrados não ultrapassa 30%, limites considerados abaixo dos patamares que configuram risco de concentração.
O caso havia sido questionado pela Minerva Foods, que alegou riscos concorrenciais devido à participação da Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (SALIC) na Marfrig e na própria Minerva. O presidente do Cade, Gustavo Augusto, reconheceu parcialmente o recurso, mas destacou que a participação da SALIC não fazia parte do objeto em análise. Já o conselheiro Victor Fernandes divergiu, entendendo que não havia elementos suficientes para considerar o recurso. Por maioria, o colegiado decidiu não reconhecer a contestação e, no mérito, aprovou a operação.
Com a decisão, a BRF se tornará subsidiária integral da Marfrig. A nova companhia, batizada de MBRF Global Foods Company, será uma das maiores do setor de alimentos do mundo, com presença em 117 países, faturamento anual de R$ 152 bilhões, capacidade produtiva de cerca de 8 milhões de toneladas por ano e mais de 130 mil colaboradores. O portfólio reunirá mais de 37 marcas líderes, como Sadia, Perdigão e Bassi, consolidando a posição do grupo entre os gigantes globais da proteína animal e de alimentos processados.
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Os acionistas dissidentes da BRF receberão R$ 19,85 por ação. No pregão desta quinta, os papéis da companhia subiam para perto dos R$ 20, com alta de 0,50%.
Segundo o BB Investimentos, a recomendação para BRFS3 segue neutra, com preço-alvo revisado para R$ 24,40 ao final de 2026, abaixo dos R$ 30,30 projetados anteriormente. Um esfriamento considerável no ânimo do banco de investimentos.
Contudo, o BB destacou que a tendência ainda é de margens positivas, mesmo com o preço do frango pressionado e a alta do preço do milho, principal insumo para produção da proteína de frango, onde está o core business da BRF.
Em relatório anterior, a instituição havia lembrado que a BRF enfrentou impacto do caso de gripe aviária registrado em maio no Rio Grande do Sul, que levou à suspensão de exportações para diversas regiões, incluindo China e países da União Europeia, alguns dos maiores compradores de frango do mundo.
Apesar disso, o Segmento Brasil vem mostrando forte crescimento em volume, rentabilidade e geração de caixa. Na avaliação do BB, a incorporação da BRF pela Marfrig deve resultar em um movimento de realização por parte dos acionistas da BRF. O que, na verdade, já pode ser observado: em 2025 as ações caíram quase 20%.

As ações da Marfrig avançaram 0,47%, a R$ 23,55, alta de quase 40% em 2025, mostrando que, para o mercado, definitivamente, a empresa é a vencedora nesse movimento de mercado.
Evidentemente, concretizada a fusão, novos preços serão calculados com base no novo ativo, que reúne as ações das duas companhias.
O BB Investimentos reitera recomendação de compra para MRFG3, com preço-alvo elevado para R$ 28,50 ao final de 2026, frente à projeção anterior de R$ 20,20. De acordo com o banco, a empresa deve manter boa geração de caixa e rentabilidade operacional em 2025, ainda que em patamar menor do que o registrado no ano anterior, devido ao aumento no custo da matéria-prima.
Mesmo em um cenário global incerto, a análise aponta a Marfrig como bem-posicionada, apoiada na diversificação geográfica e de proteínas animais. Além disso, o impacto da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre a carne bovina brasileira tende a ser limitado: apenas 2% da produção das plantas sul-americanas da companhia é exportada para o mercado estadunidense.
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