Como o plano de Trump para IA está fazendo uma gigante “estrangeira” disparar na bolsa
Publicado sex, 24 jan 2025 • 1:56 PM GMT-0300 | Atualizado há 22 dias
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Publicado sex, 24 jan 2025 • 1:56 PM GMT-0300 | Atualizado há 22 dias
KEY POINTS
Inteligência artificial pode impulsionar comércio global
Reprodução Freepik
As ações das gigantes americanas do mercado de tecnologia saltaram após Donald Trump anunciar na última terça-feira (21) os planos de investimento de até US$ 500 bilhões para o fortalecimento da indústria de inteligência artificial nos Estados Unidos.
O novo chefe da Casa Branca anunciou que serão investidos até US$ 500 bilhões em IA nos Estados Unidos ao longo dos próximos anos. Esse montante vem da Stargate, uma joint venture criada entre Oracle, OpenAI e o conglomerado japonês SoftBank (que já investiu em empresas como Uber, WeWork e Nubank).
Os ganhos na bolsa se estenderam no pregão de quarta-feira, quando os ativos de empresas como Microsoft, Apple, Alphabet e Nvidia guiaram para cima. A fabricante de chips, inclusive, vale mais de US$ 3,6 trilhões e é a empresa mais valiosa do mercado e mais do que dobrou seu valor de mercado no último ano.
O que chama a atenção, contudo, é a valorização agressiva nos papéis da britânica ARM Holdings, concorrente direta da Nvidia, e que está listada na Nasdaq desde setembro de 2023. Os papéis da empresa chegaram a subir mais 15% no pregão desta quarta.
Protecionista, Trump prometeu durante a campanha favorecer as companhias americanas. As vantagens combinam a cessão de benefícios fiscais para as companhias locais (que fabricam e geram empregos em solo americano) com o aumento de impostos para empresas estrangeiras que exportam para os EUA.
Com sede em Cambridge, no Reino Unido, a ARM poderia ser duramente afetada por essa política fiscal de Trump. A empresa compete diretamente contra a Nvidia pelo mercado de chips semicondutores. Principalmente aqueles voltados para data centers e que permitem o desenvolvimento de softwares de inteligência artificial.
Só que mais importante do que a localização de sua sede é a sua composição acionária. Isso porque em 2023 o SoftBank (que está na joint venture de IA que investirá nos EUA com Oracle e OpenAI) é o maior acionista da companhia. O conglomerado de Masayoshi Son detém 90% das ações da ARM.
O SoftBank começou a montar sua posição em 2016, quando adquiriu o controle da fabricante de chips em uma transação de US$ 32 bilhões. Em 2023, comprou uma fatia de 25% do negócio por US$ 16 bilhões, elevando o valor de mercado do negócio para US$ 64 bilhões. No IPO, em setembro daquele ano, a ARM foi avaliada em US$ 54 bilhões.
Desde então os papéis mais do que triplicaram de valor e a ARM já vale mais de US$ 189 bilhões.
Com a guinada de sua investida britânica com o boom da inteligência artificial, o SoftBank viu seus resultados escalarem em conjunto. Na bolsa de valores de Tóquio, as ações do grupo japonês saltaram mais de 50% nos últimos 12 meses. No ano passado, as ações chegaram a bater o primeiro recorde de alta em mais de duas décadas.
Os investidores enxergam que dois pontos, então, podem beneficiar a ARM. O primeiro é a relação da empresa com o SoftBank, que está inserido no acordo de IA anunciado por Trump. O segundo é a própria proximidade de Son com o novo presidente americano, o que pode abrir portas para a empresa no país.
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