Dívidas consomem quase 30% da renda das famílias brasileiras, diz Banco Central

O endividamento das famílias brasileiras chegou a 49,3% em outubro, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (26). No mesmo mês, o comprometimento de renda, parcela do orçamento destinada ao pagamento de dívidas, subiu para 29,4%.

Já o estoque de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) avançou 0,9% em novembro e alcançou R$ 7,0 trilhões, com alta de 1,2% no crédito às pessoas físicas e de 0,3% no crédito às empresas. Em 12 meses, o BC aponta desaceleração do ritmo de crescimento do crédito, com expansão de 9,5%.

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No recorte do crédito com recursos livres, o saldo somou R$ 4,0 trilhões em novembro, com alta de 0,7% no mês e de 7,8% em 12 meses. No crédito direcionado, o estoque ficou em R$ 3,0 trilhões, com expansão de 1,0% no mês e de 11,9% em 12 meses. As concessões nominais de crédito do SFN totalizaram R$ 637,5 bilhões em novembro, com recuo de 6,6%.

Do lado do custo do crédito, a taxa média de juros das novas operações ficou em 31,9% ao ano em novembro. Nas concessões, as taxas médias foram de 37,0% para famílias e de 20,6% para empresas. No crédito livre, a taxa média ficou em 46,7% ao ano, e no recorte de crédito livre às famílias chegou a 59,4% ao ano.

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A inadimplência do sistema, considerada em atrasos acima de 90 dias, permaneceu em 3,8% em novembro. No crédito livre, ficou em 5,0%, com 6,3% nas operações com pessoas físicas e 2,9% nas pessoas jurídicas.

Amanda Souza

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