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Economia Brasileira

CNI: acordo Mercosul–EFTA libera 99% das exportações brasileiras e reforça presença em mercados de alto consumo

Publicado 16/09/2025 • 13:55 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Acordo Mercosul–EFTA dá acesso imediato a 99% das exportações brasileiras em bens agrícolas e industriais.
  • Bloco europeu reúne PIB de US$ 1,4 trilhão e é a quarta maior origem global de investimentos estrangeiros diretos.
  • Para cada R$ 1 bi exportado à EFTA, o Brasil gera quase 20 mil empregos e R$ 3,4 bi em produção.

CNI avalia como estratégico o acordo Mercosul-EFTA, que amplia exportações brasileiras e fortalece relações econômicas com países europeus. Foto: Giberto Sousa / CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou um passo estratégico o Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), assinado nesta terça-feira (16) no Rio de Janeiro. O tratado cria novas condições de acesso a mercados de grande poder de consumo, abrangendo Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

Pelo texto, cerca de 99% das exportações brasileiras de produtos agrícolas e industriais terão livre comércio imediato, ampliando oportunidades de negócios em um momento em que a indústria nacional enfrenta perdas com o tarifaço dos Estados Unidos.

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“Esse acordo traz novas oportunidades para aumentar investimentos e a presença dos nossos produtos no comércio internacional. A conclusão vem num momento muito importante para a indústria nacional”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI.

O bloco europeu reúne 14,3 milhões de habitantes e PIB de US$ 1,4 trilhão. É também a quarta maior origem global em investimentos estrangeiros diretos, o que reforça seu papel prioritário para a integração internacional do Brasil.

As relações econômicas já vinham em expansão. A corrente de comércio Brasil–EFTA cresceu 36,7% na última década. Os investimentos bilaterais atingiram recorde em 2023, somando US$ 46,2 bilhões da EFTA no Brasil e US$ 11,7 bilhões em sentido contrário.

Em 2024, as exportações brasileiras para o bloco alcançaram US$ 3,1 bilhões, consolidando-o como o segundo maior destino das vendas do país na Europa, atrás apenas da União Europeia.

Segundo cálculos da CNI, cada R$ 1 bilhão exportado resulta em 19,8 mil empregos, R$ 448,7 milhões em massa salarial e R$ 3,4 bilhões em produção.

O acordo foi negociado ao longo de 14 rodadas desde 2017. Ele vai além do comércio de bens e cobre também serviços, investimentos, propriedade intelectual, compras governamentais, defesa comercial, barreiras técnicas e desenvolvimento sustentável.

Entre os compromissos assumidos, a EFTA eliminará integralmente tarifas de importação em setores industriais e pesqueiros já no primeiro dia de vigência.

Nos produtos agrícolas, haverá acesso preferencial a carnes, soja, milho, café e etanol, embora com cotas distintas por país. Suíça e Liechtenstein liberarão 8 mil toneladas de carne bovina, enquanto a Noruega limitará a 665 toneladas.

Para o Mercosul, o cronograma prevê desgravação tarifária para mais de 90% do universo tarifário em até 15 anos, além de quotas e preferências escalonadas.

A CNI, por meio da Coalizão Empresarial Brasileira, participou ativamente do processo desde a consulta pública em 2015. A entidade articulou prioridades da indústria junto ao governo e buscou garantir equilíbrio entre sensibilidades e interesses do setor.

O acordo reduz tarifas, simplifica certificações e fortalece a proteção de indicações geográficas, dando previsibilidade e segurança jurídica.

A expectativa agora é que o tratado seja ratificado com celeridade e passe a vigorar, ampliando o espaço da indústria brasileira em mercados de alto poder de consumo e consolidando a EFTA como parceiro estratégico do Brasil.

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