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Economia Brasileira

Brasil pode se beneficiar da disputa entre EUA e China, avalia ex-ministro da Agricultura

Publicado 17/03/2025 • 18:23 | Atualizado há 5 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua gerando impactos no comércio global. Diversas commodities como aço, alumínio, petróleo, soja, milho e carne, por exemplo, foram sobretaxadas, provocando mudanças nos fluxos comerciais e nos preços internacionais.
  • Em entrevista ao Radar, do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, explicou como as tarifas podem afetar o comércio internacional e destacou duas possibilidades para o Brasil.

A guerra tarifária iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua gerando impactos no comércio global. Diversas commodities, como aço, alumínio, petróleo, soja, milho e carne, por exemplo, foram sobretaxadas, provocando mudanças nos fluxos comerciais e nos preços internacionais.

Em entrevista ao Radar, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, explicou como as tarifas podem afetar o comércio internacional e destacou duas possibilidades para o Brasil.

“Uma das possibilidades é que, na guerra específica entre Estados Unidos e China, surja um tarifaço maior dos Estados Unidos com relação à China, o que faça com que a China importe mais da gente. Isso, no primeiro mandato do Trump, foi espetacular. O crescimento brasileiro de exportações para a China foi impressionante e continuamos até hoje exportando bastante para a China. Essa é uma possibilidade real e que vamos verificar no curto prazo”, afirmou.

Contudo, o ex-ministro alertou para um risco ainda maior — uma escalada tarifária global que poderia dificultar o comércio de commodities agrícolas. “Mas há uma outra possibilidade. Vai haver uma mexida muito maior em todo o comércio mundial, fazendo com que outros países criem tarifas na mesma direção, na mesma proporção. Isso pode criar, então, efetivamente, impedimentos para ações de commodities agrícolas”, afirmou.

O impacto nas commodities brasileiras

Rodrigues destacou que a soja foi um dos produtos mais impactados pelas tarifas americanas durante o governo Trump, o que beneficiou o Brasil. Ele vê a possibilidade de esse cenário se repetir, mas ressaltou que há riscos para outras commodities.

“Em princípio, nós vamos ter aumento de exportações de soja, de carne, de milho e as commodities. Então, se houver um reconhecimento da guerra entre Estados Unidos e China, provavelmente haverá um espaço maior para exportar, sobretudo para a China e também para outros países asiáticos.”

Entretanto, Rodrigues alertou para o setor de etanol, que pode ser prejudicado pelo aumento das importações do produto americano.

“Os americanos se queixam da tarifa colocada sobre o etanol americano e querem que a gente baixe a nossa tarifa. Se isso acontecer, não é bom para o Brasil, porque podemos ter uma invasão de etanol americano de milho. O governo Trump está muito interessado em mais petróleo. Ele prefere uma oferta crescente de produtos derivados de petróleo do que de etanol e de outros produtos ligados à agricultura. Se a gente baixar muita tarifa, pode haver um problema de excesso de importação de etanol de milho americano, atrapalhando o nosso etanol de milho e de cana aqui no Brasil.”

O papel do governo brasileiro nas negociações

Diante do cenário de incerteza, Rodrigues avaliou a postura do governo brasileiro na condução das negociações comerciais com os Estados Unidos.

“Embora as tarifas tenham sido estabelecidas pelos Estados Unidos, vai haver chance de negociações bilaterais com maior ou menor intensidade no futuro próximo. Então, vai depender muito da posição e da capacidade do governo brasileiro de trabalhar esse tema da tarifa de etanol, sendo um problema para nós.”

Confira a entrevista completa ao jornalista Fábio Turci, ao Times Brasil.

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