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Crise do metanol derruba venda de vodca em 40% e abre espaço para cerveja sem álcool, em alta no mercado
Publicado 04/10/2025 • 21:47 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 04/10/2025 • 21:47 | Atualizado há 2 meses
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O setor de bebidas vive um momento de inflexão. A onda de intoxicações por metanol ligadas a bebidas adulteradas provocou uma crise de confiança entre consumidores e já começa a alterar o comportamento de compra no varejo.
Dados do Varejo 360, referentes ao Estado de São Paulo, mostram uma queda perceptível nas vendas de bebidas alcoólicas nas últimas semanas, com destaque para os destilados, que registraram retração expressiva na semana 39, comparada ao mesmo período de 2024.
O levantamento, que analisou o comportamento de 33,7 mil consumidores entre as semanas 27 e 39, indica que o recuo afeta principalmente as categorias de vodca, cachaça, gin e licores, segmentos mais vulneráveis à perda de credibilidade e às preocupações com adulteração.
A tendência é reforçada por lojistas e distribuidores, que relatam redução de até 12% nas vendas médias e uma migração parcial para produtos de maior valor agregado e procedência certificada.
Enquanto o consumo de destilados encolhe, o mercado de cervejas sem álcool segue na direção oposta — e em ritmo acelerado. Segundo o Anuário da Cerveja 2024, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a produção de rótulos sem álcool ou desalcoolizados cresceu 536,9% em apenas um ano, saltando de 118,9 milhões de litros em 2023 para 757,4 milhões em 2024.
O segmento, que antes era marginal, passou a representar 4,9% de toda a produção nacional de cerveja, o maior índice da série histórica.
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O consumo acompanha o mesmo movimento. Em 2024, os brasileiros beberam mais de 700 milhões de litros de cerveja sem álcool — cinco vezes mais que em 2019. As projeções indicam que, até 2026, o país pode ultrapassar a marca de 1,1 bilhão de litros, consolidando-se entre os maiores mercados do mundo. A expansão é impulsionada por mudanças de estilo de vida, maior fiscalização sanitária e busca por alternativas seguras em meio à crise das bebidas adulteradas.
A Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) divulgou uma carta aberta à população, manifestando solidariedade às vítimas e classificando a adulteração como um ato criminoso deliberado. A entidade reafirmou o compromisso com a segurança dos consumidores, anunciou cooperação com autoridades e prometeu campanhas de conscientização para reforçar a compra apenas de produtos com procedência certificada.
Em paralelo, o Ministério da Agricultura e as Secretarias Estaduais de Saúde intensificaram a fiscalização e o rastreamento de bebidas em bares, fábricas e distribuidores, buscando conter o avanço das adulterações e restaurar a confiança no setor.
O cenário atual combina queda nas vendas e perda de credibilidade dos destilados com a ascensão de produtos industrializados e regulamentados, como as cervejas sem álcool, que passam a ocupar espaço antes reservado às bebidas de maior teor. A mudança reflete um ajuste de comportamento em tempos de incerteza sanitária — e pode representar o início de uma reconfiguração no consumo de álcool no Brasil, em que segurança e procedência ganham prioridade sobre tradição e teor alcoólico.
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