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Economia Brasileira

Estoque regulador de café segurará preços nos EUA até outubro — e depois?

Publicado 05/09/2025 • 05:30 | Atualizado há 11 horas

KEY POINTS

  • Mesmo após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que elevou em 10% o imposto sobre o café brasileiro em abril e, desde agosto, em 50%, os preços no mercado americano seguem relativamente estáveis.
  • A explicação está no estoque regulador. Segundo especialistas, o país dispõe de café suficiente para abastecer sua demanda até outubro.
  • Agora, os estoques garantem estabilidade temporária, mas a perspectiva é de que, a partir do último trimestre, os EUA enfrentem dificuldades para sustentar os preços atuais.
Café é um dos principais produtos exportados pelo Brasil

Café é um dos principais produtos exportados pelo Brasil.

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Mesmo após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que elevou em 10% o imposto sobre o café brasileiro em abril e, desde agosto, em 50%, os preços no mercado americano seguem relativamente estáveis. A explicação está no estoque regulador. Segundo especialistas, o país dispõe de café suficiente para abastecer sua demanda até outubro.

Até o início de agosto, produtores brasileiros conseguiram embarcar volumes com o preço antigo, anterior à nova tarifa de 50%. Agora, os estoques garantem estabilidade temporária, mas a perspectiva é de que, a partir do último trimestre, os EUA enfrentem dificuldades para sustentar os preços atuais.

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Perspectiva de derrubada da sanção

Esse cenário alimenta o otimismo entre produtores e analistas sobre a possibilidade de flexibilização das tarifas. Hoje, 30% do café consumido nos EUA vem do Brasil, que destina cerca de 16% de sua produção ao mercado americano.

O consultor Vicente Zotti, especialista em commodities agrícolas e sócio da Pine Consultoria, diz que os EUA não teriam como substituir o café brasileiro por outro produto e tampouco poderiam recorrer a outro fornecedor de peso. “Também seria inviável para o Brasil encontrar um destino de relevância que absorvesse o mesmo volume exportado aos Estados Unidos”, afirma.

Dependência mútua

O consumo interno americano gira em torno de 8 milhões de sacas ao ano, enquanto o mercado brasileiro, o segundo maior do mundo, cresce a uma taxa de 400 mil sacas anuais. Mesmo a China, em seu melhor momento, consome apenas 1,5 milhão de sacas. Os dados são do Cecafé.

Nesse contexto, tanto para EUA quanto para Brasil, o rompimento de laços comerciais em definitivo parece pouco plausível. A incerteza permanece, no entanto, sobre qual será a estratégia americana a partir de outubro, quando o estoque regulador se esgotar.

Os produtores brasileiros acreditam que a inviabilidade de novos players suprirem a demanda americana é o principal argumento a favor do café brasileiro. A outra solução para o governo americano seria ver a inflação do cafezinho disparar. O aumento dos preços foi fatal ao governo Biden. Trump incorrerá no mesmo equívoco?

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