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Gastos da Petrobras no Amapá superam R$ 1 bi e contrato da sonda vence dia 21

Publicado 14/10/2025 • 07:00 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Federação Única dos Petroleiros (FUP) aponta que, desde 2022, quando a estatal assumiu a operação do bloco, já foram gastos mais de R$ 1 bilhão somente com atividades relacionadas ao licenciamento ambiental.
  • “As etapas necessárias para explorar com segurança essa nova fronteira energética do País não podem ser travadas por questões administrativas ou indefinições regulatórias”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
  • Segundo a FUP, com a demora dos projetos brasileiros, praticamente todos os projetos de exploração da Petrobras para 2028-2029 estão direcionados para o exterior, deslocando investimentos e oportunidades que poderiam fortalecer a indústria e a soberania energética nacional.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) alertou nesta segunda-feira (13) para os custos crescentes provocados pelos atrasos no licenciamento ambiental da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, litoral do Amapá. Após a Avaliação Pré-Operacional realizada em setembro, a expectativa era de que a licença para perfurar o primeiro poço do bloco FZA-M-59 fosse concedida no início de outubro — o que ainda não ocorreu.

Segundo a FUP, o contrato de aluguel da sonda de perfuração ODN II, firmado pela Petrobras com a Foresea, vence no próximo dia 21 de outubro. Pelo contrato atual, a estatal paga cerca de R$ 4 milhões por dia pelo uso da sonda. Desde 2022, quando assumiu a operação do bloco, a Petrobras já desembolsou mais de R$ 1 bilhão apenas em atividades relacionadas ao licenciamento ambiental — sendo R$ 543 milhões com aluguel da sonda, R$ 327 milhões com embarcações e R$ 142 milhões com serviços aéreos, informou a entidade sindical.

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“Esses valores demonstram o compromisso da Petrobras com a segurança ambiental, mas também reforçam a urgência de decisões técnicas ágeis por parte dos órgãos responsáveis. As etapas necessárias para explorar com segurança essa nova fronteira energética do País não podem ser travadas por questões administrativas ou indefinições regulatórias”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Bacelar observou que o atual cenário de lentidão nos licenciamentos preocupa estrategicamente o futuro da companhia. “Projetos exploratórios de grande porte não avançam porque não conseguem licença ambiental para operar, enquanto projetos menores acabam sendo postergados”, disse, citando Seap (Sergipe Águas Profundas), Albacora, Barracuda e Marlim Leste, na bacia de Campos, cuja revitalização foi adiada para depois de 2030.

A Petrobras deve abrir nesta quarta-feira (15) os envelopes da licitação das plataformas Seap I e II, projeto que já passou por três rodadas de concorrência. Segundo fontes, quatro propostas devem ser entregues. O prazo de exploração deve constar no Plano Estratégico 2026-2030 da estatal.

Outra concorrência, referente à plataforma P-88 que será instalada no campo de Albacora, também pode ter fechamento ainda este ano, segundo a diretora executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi. Já os editais dos campos de Barracuda-Caratinga, Marlim Sul e Marlim Leste foram revisados e devem voltar ao mercado apenas no fim de 2026 ou início de 2027.

De acordo com a FUP, a demora na aprovação de projetos no Brasil tem levado a Petrobras a redirecionar seus investimentos para o exterior, comprometendo oportunidades de desenvolvimento nacional. “A dificuldade em obter licenciamento ambiental na Foz do Amazonas e em outras áreas sensíveis é recorrente”, disse Bacelar, criticando também a falta de novos blocos em bacias maduras como Sergipe, Campos, Solimões e Espírito Santo.

“O Brasil corre o risco de entrar em uma paralisia exploratória, e a Petrobras pode perder protagonismo e depender excessivamente de ativos internacionais. Não produzir petróleo no Brasil significa abrir espaço para outros países e perder recursos para pesquisa e desenvolvimento”, alertou Bacelar, lembrando que o Brasil tem hoje a menor pegada de carbono entre os grandes produtores de petróleo do mundo, emitindo menos gases de efeito estufa.

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