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Economia Brasileira

Ibovespa B3 fecha em alta de 2,82%, perto de 127 mil pontos, no melhor dia desde maio de 2023

Publicado 30/01/2025 • 18:42

Redação Times Brasil, com agências

KEY POINTS

  • Ao final do dia, o índice fechou com alta de 2,82%, aos 126.912,78 pontos.
  • A valorização foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo o aumento da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
  • O Ibovespa B3 registrou uma alta de 3% nesta quinta-feira (30), atingindo a marca de 127.168,83 pontos, o maior nível desde dezembro de 2024.

O Ibovespa B3 fechou o dia com uma alta de 2,82%, aos 16.921 pontos nesta quinta-feira (30). Foi o melhor dia desde maio de 2023.

A valorização foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo o aumento da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana e declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ajudaram a criar um clima positivo para o mercado.

  • A movimentação foi liderada principalmente pelas ações da Vale, que dispararam mais de 4%.
  • Os grandes bancos, com destaque para Bradesco, que subiu mais de 2%, também tiveram destaque.
  • A Petrobras também registrou ganhos, impulsionados pela fala de Lula, que afirmou que a decisão sobre os preços dos combustíveis é de responsabilidade da estatal, e não do governo.

O dólar comercial encerrou o dia em baixa de 0,26%, cotado a R$ 5,8532, e os juros futuros (DIs) caíram por toda a curva.

O mercado também reagiu às declarações de Lula, que, durante uma coletiva, disse que não esperava “milagre” do Banco Central e que a economia não poderia sofrer “um cavalo-de-pau”. Foram sinais que ajudaram a dar confiança ao mercado, que vê uma recuperação gradual no cenário econômico.

Análise

Matheus Lima, analista de investimentos e sócio da Top Gain, afirma que a valorização de 5,5% do Ibovespa em janeiro, com poucas empresas registrando perdas, reflete uma recuperação importante após o desempenho negativo de 2024, quando o índice teve uma desvalorização superior a 10%, acumulando quatro meses seguidos de forte queda. Ele disse que o início de 2025 foi propício para essa recuperação, com o apoio de grandes bancos como Itaú e Banco do Brasil, que ajudaram a impulsionar o mercado.

Para o próximo mês, Lima diz que o foco no Brasil estará voltado para o fiscal, e a forma como a política monetária lidará com os juros reais elevados, considerando que o Brasil tem um dos maiores juros reais do mundo. Ele também antecipa que, em fevereiro, haverá um novo aumento de 1 ponto percentual, o que deverá continuar influenciando o humor do mercado.

No cenário externo, ele projeta que as tensões comerciais continuarão, com ameaças de tarifas não só contra o Brasil, mas também impactando grandes importadores e exportadores globais.

Além disso, Lima afirma que o juro alto tende a afetar principalmente empresas menores, com alto grau de alavancagem financeira, e que o setor varejista será o primeiro a sofrer com essa pressão. Para ele, é importante que os investidores busquem empresas mais resilientes, como grandes bancos, produtores e distribuidoras de energia elétrica e saneamento básico, que são menos impactadas por esse cenário.

Ele também diz que o aumento da taxa de juros e a pressão do Banco Central contribuíram para a queda do preço do dólar, o que pode prejudicar negativamente as exportadoras, que vinham se beneficiando da alta da moeda americana.

Durante o dia

Investidores equilibram os efeitos possíveis das decisões esperadas de política monetária ontem nos Estados Unidos e no Brasil. Enquanto o Federal Reserve (Fed) manteve o juro básico no nível entre 4,25% e 4,50%, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 12,35% para 13,25% ao ano.

Nesta manhã os juros futuros cedem na ponta curta, após o Copom, enquanto o dólar ante o real avança tocando máxima a R$ 5,914, em correção, segundo analistas. Em Nova York, a maioria dos índices futuros de ações avança na esteira de balanços corporativos.

“A Bolsa apanhou muito com o câmbio apreciando com notícias lá fora. Agora, recupera um pouco o terreno. Não há nada muito estrutural hoje que justifique essa alta. O Caged dezembro e 2024 veio mais fraco. Isso ajuda a jogar para baixo as taxas dos juros futuros, jogando também a perspectiva de um ciclo de alta da Selic não se alongando tanto”, afirmou Carlos Lopes, do banco BV.

O Caged teve fechamento líquido de 535.547 empregos em dezembro. O saldo foi mais negativo do que o piso da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava encerramento de 487.116 vagas formais. Em 2024, houve abertura de 1.693.673 novas vagas de emprego. Foi menor também do que o piso das estimativas, de geração de 1.736.982 postos.

Para Ian Toro, especialista de renda variável da Melver, alguns acontecimento da semana com sinais de abrandamento nas promessas de Donald Trump em relação a tarifas a alguns países, mas o quadro é incerto. “O presidente do Fed Jerome Powell está observando as ações de Trump, dadas as incertezas. Fora isso tem toda a questão sobre imigrantes, que trabalham nos EUA e consome”, diz.

Assim como a manutenção do juros nos EUA era prevista, como a alta aqui era esperada, o foco de economistas e especialistas ficou no comunicado do Copom que, segundo esses profissionais, no geral, indicou um tom mais leve, deixando a porta aberta para a reunião de maio. Isso porque no Copom de dezembro o Banco Central já havia indicado dois aumentos de um ponto porcentual: janeiro e março. O juro básico irá a 14,25% no terceiro mês deste ano.

Para Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3, a manutenção do roteiro do BC reforça a credibilidade do BC na atual gestão, que tem vários dirigentes indicados pelo governo, inclusive o presidente da autarquia, Gabriel Gablípolo. “Sugere que o presidente do BC será independente”, avalia.

“O discurso considerado dovish é bom no curto prazo”, pontua o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, completando que isso tende a atrair ingresso de capital do exterior para a B3.

Contudo, Oliveira, da Blue3, pondera que é preciso cautela dado que a moeda americana segue se apreciando em relação ao Real, o que faz com que o investidor estrangeiro olhe com certa parcimônia para o Brasil. “Mesmo com o Fed mantendo os juros, o dólar está se fortalecendo”, pontua.

Na quarta-feira, o Ibovespa B3 fechou em baixa de 0,50%, aos 123.432,12 pontos.

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