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Economia Brasileira

Ibovespa B3 contraria mercado internacional com possível queda de juros nos EUA

Publicado 05/09/2025 • 22:10 | Atualizado há 1 hora

KEY POINTS

  • O Ibovespa B3 contrariou os mercados internacionais nesta sexta-feira (5), e o motivo está ligado ao cenário externo, disse Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos.
  • De acordo com ele, a leitura dos investidores sobre a economia americana também pesou no movimento recente.
  • Questionado sobre o risco de recessão nos EUA, o especialista destacou os efeitos combinados de juros elevados e tarifas comerciais.

O Ibovespa B3 contrariou os mercados internacionais nesta sexta-feira (5), e o motivo está ligado ao cenário externo, disse Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“Quando você tem uma perspectiva maior de queda de juros nos Estados Unidos, o Brasil surge com uma das maiores taxas de juros do mundo, tanto nominal quanto real, e isso acaba sendo um atrator de dinheiro global, principalmente quando Europa e China estão comprometidas. Esse recurso que antes ia para outros destinos agora vê no Brasil uma oportunidade mais clara de retorno”, afirmou.

De acordo com ele, a leitura dos investidores sobre a economia americana também pesou no movimento recente. “O mercado não deveria ficar tão desanimado com perspectivas maiores de queda de juros e com dados de mercado de trabalho mais fracos, mas houve uma realização típica de sexta-feira. Ao longo da semana, já vinham saindo indicadores fracos, como o relatório da ADP, e o payroll acabou confirmando um quadro conhecido, o que levou investidores a anteciparem movimentos antes do fim de semana”.

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Questionado sobre o risco de recessão nos Estados Unidos, o especialista destacou os efeitos combinados de juros elevados e tarifas comerciais.

“Estamos vendo pressões contracionistas na atividade econômica de uma forma geral e ainda teremos impacto adicional das tarifas sobre a inflação, que até agora só refletiu um quarto desse efeito. O esperado é que a taxa de juros menor recalibre a economia americana, para que ela não entre numa recessão mais aguda.”

No cenário doméstico, Saadia avaliou a trajetória da inflação: “Há desaceleração, em alguns casos até deflação de alimentos e da indústria, mas a inflação de serviços continua resiliente porque o mercado de trabalho ainda está muito forte. Essa resistência é o que nos deixa em dúvida se a redução da Selic virá já em dezembro ou apenas no início do ano que vem.”

Ele mostrou otimismo em relação ao câmbio. “Acho que o dólar pode cair abaixo de R$ 5,40 e até mais, porque o que está acontecendo nos EUA não é apenas conjuntural, mas uma mudança de postura do Banco Central americano. Esse fluxo que deixa o país não encontra mais na Europa ou na China um destino viável, e o Brasil aparece como opção natural. Isso ajuda a inflação no curto prazo e reforça o papel do país como recebedor de capital estrangeiro”, completou.

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