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Bolsa na máxima e dólar em queda; entenda o efeito do Payroll nos mercados
Publicado 05/09/2025 • 13:31 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 05/09/2025 • 13:31 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Notas de dólar.
Fed vê inflação como principal risco e ata reduz apostas de corte de juros já em setembro.
Parece uma contradição: como um dado ruim de geração de empregos pode ser “celebrado” pelos mercados financeiros? Foi exatamente o que aconteceu nesta sexta-feira (5), após o relatório Payroll — que mostra a criação de empregos não rurais nos Estados Unidos — indicar que o país gerou apenas 22 mil vagas em agosto, contra expectativa de 75 mil.
Assim, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, em linha com as projeções, enquanto os dados de julho foram revisados para 79 mil novos empregos. O resultado aponta para desaceleração da economia americana e reforça a visão de que o Federal Reserve deve iniciar cortes de juros já na reunião de setembro. Com os Fed Funds atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano, grandes investidores tendem a realocar recursos do Tesouro americano para outros mercados, como o Brasil, onde a Selic segue em 15% ao ano, além de ativos de renda variável ao redor do mundo.
O reflexo foi imediato. O Ibovespa superou os 143 mil pontos pela primeira vez em sua história, as bolsas em Nova York ganharam fôlego e o dólar caiu frente ao real, cotado em torno de R$ 5,40, acompanhando a desvalorização global da moeda americana.
Para o economista André Perfeito, os números “jogam uma pá de cal” na ideia de que o Fed poderia adiar a redução dos juros. Ele lembra que os rendimentos dos Treasuries cederam com força e que a queda do dólar não se deve ao fortalecimento do real, mas sim à fraqueza da moeda americana. O suporte em R$ 5,30, segundo ele, é decisivo: rompido esse nível, a divisa pode escorregar até R$ 5,10. Esse movimento já pressiona projeções de inflação no Brasil, sobretudo em índices sensíveis ao câmbio, como o IGP-M, e pode abrir espaço para cortes de juros pelo Banco Central.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, reforça a leitura de que o mercado de trabalho americano mostra sinais consistentes de fraqueza. Ele lembra que já são quatro meses seguidos de números abaixo do esperado e que, em agosto, setores como comércio e indústria perderam vagas, enquanto saúde e assistência social puxaram a criação. A reação dos mercados refletiu juros mais baixos nos Treasuries de curto prazo e a expectativa clara de cortes já neste mês.
Na mesma direção, Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, afirma que a probabilidade de corte de juros na reunião do FOMC de 17 de setembro está praticamente em 100%. Parte do mercado chegou a precificar até uma redução mais agressiva, de 0,5 ponto, embora a maioria espere 0,25. Para ela, a fraqueza do emprego pesa mais que a inflação ainda elevada. A recuperação das bolsas americanas, após queda inicial, mostrou a forte correlação entre juros mais baixos e apetite por risco, especialmente no setor de tecnologia, impulsionado pelos resultados da Broadcom.
No Brasil, o câmbio também refletiu esse movimento externo. O diretor de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, observa que a Selic em 15% mantém a atratividade dos ativos locais e favorece o real entre as moedas emergentes. Ele lembra que o cenário interno segue marcado pelo noticiário político e pela espera por novos dados de inflação, mas que, no curto prazo, é o mercado de trabalho americano que dita o ritmo do dólar.
Já para Fernando Siqueira, estrategista da Eleven Financial, o quadro externo se soma a sinais locais que podem acelerar a redução da Selic antes do esperado. Ele aponta que a apreciação do real, os juros elevados e a queda nos preços das commodities estão ajudando a controlar a inflação no Brasil. Esse movimento, diz, pode favorecer setores mais sensíveis ao custo do crédito, como construção, transportes e educação. Siqueira destaca ainda que o real já se valorizou 12% em 2025 e que a inflação em queda tende a manter esse ambiente positivo para ativos domésticos, beneficiando empresas voltadas ao mercado interno.
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