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Tarifa de 50% dos EUA retém 30 mil toneladas de carne bovina brasileira

Publicado 15/07/2025 • 21:15 | Atualizado há 13 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Cargas no valor de US$ 150-160 milhões estão retidas em portos ou alto-mar devido à sobretaxa anunciada, que se soma aos 36% já vigentes. A Abiec alerta para impactos a partir de 1º de agosto, data limite para que nova tarifa entre em vigor.
  • A instabilidade tarifária levou à paralisação da produção destinada ao mercado americano. A entidade negocia com governo brasileiro e importadores dos EUA para postergar o início da tarifa, respeitando contratos em curso.
  • As exportações brasileiras suprem a produção americana em crise histórica, fornecendo cortes para hambúrgueres (ex.: dianteiro bovino). A Abiec enfatiza essa interdependência nas tratativas.
Imagem de peças de carne.

Imagem de peças de carne.

Reprodução Agência Brasil

A indústria de carne bovina brasileira enfrenta um impasse com cerca de 30 mil toneladas destinadas aos Estados Unidos retidas em portos ou em alto-mar. A situação ocorre devido à aplicação de uma tarifa adicional de 50% por parte do governo norte-americano sobre produtos importados do Brasil.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) expressou preocupação sobre como isso afetará o setor a partir de 1º de agosto. Roberto Perosa, presidente da associação, informou que o valor das mercadorias afetadas está entre US$ 150 milhões e US$ 160 milhões.

Perosa ressaltou que essa medida representa uma preocupação significativa para os produtores de carne bovina. “Temos cerca de 30 mil toneladas de carne bovina produzidas que estão nos portos ou em alto-mar. A nossa preocupação é como será o desdobramento a partir de 1º de agosto”, afirmou Perosa após uma reunião do setor agropecuário.

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As exportações de carne bovina para os EUA, que já são tributadas a 36%, estão ameaçadas pela nova sobretaxa. Perosa destacou que os frigoríficos já começaram a interromper a produção destinada ao mercado norte-americano devido à instabilidade gerada pela nova taxação.

A Abiec sugeriu ao governo a continuidade das negociações com os EUA para tentar adiar o início da tarifa, já que há contratos em andamento que não podem ser desfeitos até 1º de agosto.

Além disso, a Abiec está em diálogo com importadores americanos para apoiar as negociações do governo brasileiro. Perosa destacou a importância de se considerar o contexto atual da pecuária americana, que enfrenta seu ciclo mais baixo em oitenta anos.

“Hoje nós complementamos a produção americana, que está em seu menor ciclo pecuário dos últimos 80 anos e o Brasil exporta basicamente o que é utilizado para produção de hambúrgueres, caso do dianteiro bovino”, explicou Perosa.

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