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Em Moçambique, Lula aponta metais críticos e gás natural como áreas estratégicas para possíveis parcerias
Publicado 24/11/2025 • 16:40 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 24/11/2025 • 16:40 | Atualizado há 1 hora
KEY POINTS
Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula durante coletiva de imprensa em Joanesburgo, na África do Sul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil pretende reconstruir sua presença econômica na África e retomar a cooperação interrompida nos últimos anos. O discurso foi feito no encerramento do encontro empresarial Brasil–Moçambique, nesta segunda-feira (24), em Moçambique, onde ele defendeu a volta de projetos de infraestrutura, energia, agricultura e financiamento público.
Lula disse que o Brasil “fechou os olhos para o continente africano” e que a relação precisa ser retomada. Ele afirmou que, no passado, empresas brasileiras atuavam amplamente na região, mas que “essas empresas foram quase todas destruídas”, e que a Petrobras deixou países africanos “porque queriam vender a Petrobras.”
Retomada do BNDES
O presidente defendeu a retomada do financiamento a projetos no exterior. Segundo ele, o BNDES está novamente estruturado para apoiar exportações e investimentos, etapa considerada essencial para ampliar o comércio bilateral. Lula afirmou que, em anos anteriores, o intercâmbio comercial com Moçambique chegou a quase US$ 170 milhões, mas caiu para pouco mais de US$ 40 milhões em 2024.
A intenção, disse, é atualizar a pauta comercial, estimular missões empresariais nos dois sentidos e restabelecer instrumentos de crédito para obras e fornecimento de bens e serviços.
Energia e exploração de gás
Lula também destacou que Moçambique possui grandes reservas de gás natural e que há espaço para novas parcerias com a Petrobras. Ele afirmou que empresas brasileiras podem avaliar conjuntamente oportunidades de exploração e desenvolvimento local, considerando o interesse do Brasil em fortalecer sua matriz energética.
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Agricultura e formação técnica
O presidente ressaltou que o país pretende ampliar cooperação agrícola por meio da Embrapa, com transferência de tecnologia e práticas produtivas adaptadas à savana africana. Para 2026, o governo brasileiro oferecerá 80 vagas em cursos de formação de formadores em ciências agrárias e 400 vagas em capacitação técnica em agropecuária voltadas a profissionais moçambicanos.
Infraestrutura e integração regional
Ao citar iniciativas da União Africana, Lula defendeu que grandes projetos de infraestrutura no continente podem ser viabilizados com planejamento adequado e cooperação entre bancos de desenvolvimento e empresas. Segundo o petista, o Brasil tem capacidade para atuar em obras de estradas, pontes, usinas e portos, além de apoiar cadeias produtivas locais.
O presidente também mencionou a complementaridade entre a Zona de Livre Comércio Africana e o Mercosul, ampliando possibilidades de integração produtiva.
Mineração e biocombustíveis
Lula afirmou que minerais críticos, como lítio e cobalto, precisam ser tratados como oportunidades de industrialização. Ele disse que países africanos podem agregar valor às próprias matérias-primas, assim como o Brasil busca fazer em sua política de transição energética.
Sobre biocombustíveis, o presidente afirmou que o avanço do setor não compromete a produção de alimentos e que há espaço para desenvolver ambas as atividades em Moçambique.
Ambiente de negócios
Por fim, Lula encerrou listando condições para atrair capital: “Estabilidade política, estabilidade econômica, estabilidade fiscal, estabilidade social e previsibilidade”. Segundo ele, esses elementos determinam decisões de investimento.
“Nós estamos à disposição para saber quais projetos podemos fazer em parceria”, disse.
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