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EXCLUSIVO: Brasil pode perder US$ 3 bi em exportações com tarifas dos EUA, avalia especialista
Publicado 25/11/2025 • 22:45 | Atualizado há 22 minutos
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Publicado 25/11/2025 • 22:45 | Atualizado há 22 minutos
KEY POINTS
O Brasil pode perder cerca de US$ 3 bilhões em exportações aos Estados Unidos nos próximos 12 meses, caso não haja nova rodada de negociações tarifárias. A estimativa faz parte de uma análise do consultor em comércio internacional Welber Barral, que explicou em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta terça-feira (25), que o efeito supera a leitura inicial da ordem executiva americana de 20 de novembro.
Segundo Barral, a projeção considera produtos que tiveram redução parcial das tarifas, como carne e café, mas também setores que seguem com alíquotas elevadas. Ele afirmou que, mesmo após as alterações recentes, “a tarifa de 40% é uma tarifa muito alta e atrapalha a exportação brasileira para os Estados Unidos”, enquanto concorrentes de países asiáticos e europeus operam com tributos de 10% a 20%.
O valor de US$ 3 bilhões corresponde ao que o país deixará de exportar em comparação com 2024, período em que as tarifas médias eram mais baixas. A análise considera dois efeitos: a dificuldade adicional de acesso ao mercado americano e o desvio de comércio provocado por países com tarifas menores.
Diante disso, Barral detalhou que 27% dessas perdas envolvem produtos industrializados, enquanto o restante reflete a ampla diversificação do comércio bilateral. Para o consultor, esse perfil torna o impacto mais difícil de compensar, já que parte, peças e equipamentos seguem padrões e certificações específicas, dificultando o redirecionamento para outros mercados.
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Setores mais afetados
O especialista afirmou que o impacto é concentrado na área industrial, incluindo máquinas, motores, componentes e peças. Ele também citou segmentos como madeira e móveis, que continuam sujeitos a tarifas de 50% por regras da seção 232 dos EUA.
Com isso, o comércio entre matrizes e filiais de empresas americanas no Brasil amplia o efeito da restrição, pois grande parte dos itens exportados depende de cadeias produtivas integradas e não pode ser substituída rapidamente.
Efeitos da retirada parcial das sobretaxas
Parte dos exportadores já começou a sentir os efeitos da redução das alíquotas de 40% e 10%. Isso ocorreu porque, segundo o consultor, a ordem executiva teve impacto retroativo sobre estoques que já estavam nos Estados Unidos.
Ele afirmou que produtos como carne, café e frutas devem registrar aumento gradual de vendas, observando que itens agrícolas seguem ciclos de negociação na Bolsa de Nova York.
Além disso, Barral relembrou que o governo brasileiro evitou acelerar a negociação logo após o anúncio das tarifas, estratégia distinta da adotada por países como Indonésia, Filipinas e Malásia, que aceitaram manter tarifas elevadas entre 19% e 20% em troca de concessões rápidas.
Segundo ele, a postura do Brasil buscou mostrar aos Estados Unidos os efeitos das restrições sobre a inflação local, sobretudo no caso do café, cujo preço subiu 21% neste ano no mercado americano. Ele pontuou que encontros bilaterais contribuíram para destravar trechos da negociação e citou a atuação de setores brasileiros em Washington, que pressionaram empresas e importadores americanos a incluir determinados produtos na revisão tarifária.
No entanto, ainda há etapas a serem concluídas e que o processo deve se prolongar. “Houve vários fatores dependendo do produto que nós estivemos tratando”, disse. Para ele, a combinação de pressão empresarial, impacto inflacionário e diálogo diplomático influenciou o resultado parcial obtido até o momento.
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