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EXCLUSIVO: Galípolo reforça que juros seguirão altos; especialistas analisam efeitos sobre inflação e credibilidade do BC
Publicado 24/10/2025 • 06:59 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 24/10/2025 • 06:59 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Taxas são elevadas no mercado de juros
Pixabay
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (23) que a taxa básica de juros deve permanecer elevada por mais tempo, devido à persistência da inflação acima da meta. A declaração, feita durante um evento na Indonésia e transmitida pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, reforça a percepção de que o BC não deve iniciar o ciclo de cortes antes de uma convergência clara dos preços.
Segundo Galípolo, o país tem conseguido manter crescimento e desemprego baixo, mas ainda enfrenta desafios estruturais de produtividade. “O Brasil cresce há alguns anos, mas muito mais por uma inserção de mais fatores de produção na economia do que por um ganho de produtividade disseminado”, disse. Ele destacou que o avanço sustentável dependerá de investimentos em tecnologia, pesquisa e parcerias internacionais.
Independência do Banco Central e reação política
O analista Eduardo Gayer avaliou que as falas de Galípolo reforçam a independência institucional do Banco Central em relação ao governo. Para ele, o presidente da autarquia “mostra que não faz concessões políticas por pressões vindas do governo”.
Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltaram a defender cortes na Selic. Gayer ressaltou que, mesmo com o tom crítico do Planalto, a postura de Galípolo é vista de forma positiva pelo mercado financeiro, ao reforçar a credibilidade da política monetária e apoiar o real diante da expectativa de redução de juros nos Estados Unidos.
Cenário dos juros e inflação
O economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, analisou que a avaliação de Galípolo está “corretíssima”. Segundo ele, ainda não há espaço para uma redução imediata da taxa básica de juros.
“As notícias são boas no front da inflação, mas ela ainda se encontra acima da meta”, afirmou Loyola. Ele projeta que o corte da Selic pode começar entre o final do primeiro trimestre e o segundo trimestre de 2026, com uma queda moderada dos atuais 15% para cerca de 12,5%.
Risco fiscal e credibilidade do governo
Loyola também avaliou o impacto da política fiscal nas decisões do BC. Para ele, o governo enfrenta ceticismo justificado dos agentes econômicos por causa da dificuldade em cumprir a meta fiscal. “Houve uma grande perda de credibilidade nessa meta ao longo dos últimos meses”, disse, lembrando que o aumento do déficit público em 2023 ainda pesa sobre as expectativas.
O economista destacou que qualquer melhora nas contas públicas seria positiva, mas que o governo precisará adotar medidas estruturais para conter o avanço dos gastos. Ele alertou que mudanças na meta fiscal para 2026 poderiam gerar turbulências no câmbio e nos juros.
Reformas e sinalização ao mercado
Questionado sobre as medidas prioritárias para o próximo governo, Loyola apontou a necessidade de uma nova rodada de reformas, como a administrativa e a previdenciária. Segundo ele, mais importante do que um ajuste abrupto é construir uma sinalização crível de redução do déficit ao longo dos próximos anos.
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