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Exportação de cafés especiais para os EUA despenca quase 80% com tarifaço

Publicado 16/09/2025 • 19:45 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

  • A exportação brasileira de café especial aos Estados Unidos despencou no mês de agosto, após a entrada em vigência do tarifaço de 50% imposto pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o produto a ser exportado aos EUA.
  • O Brasil remeteu no mês passado 21.679 sacas de 60 kg desses cafés diferenciados aos norte-americanos, representando queda de 79,5% na comparação com o mesmo mês de 2024 e de 69,6% ante julho deste ano, informou a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), com base em dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Grãos de café

Grãos de café

Pixabay

A exportação brasileira de café especial aos Estados Unidos despencou em agosto, após a entrada em vigor do tarifaço de 50% imposto pelo governo do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o produto exportado ao país.

O Brasil remeteu no mês passado 21.679 sacas de 60 kg desses cafés diferenciados aos norte-americanos, o que representa uma queda de 79,5% em relação a agosto de 2024 e de 69,6% na comparação com julho deste ano, informou a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), com base em dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Os Estados Unidos lideraram o ranking mensal deste ano como principais importadores dos cafés especiais brasileiros até agosto, mantendo-se também como o maior destino do produto no acumulado de 2025. Entretanto, no mês passado, os norte-americanos caíram para a sexta posição na tabela, atrás de:

Suécia, com 29.313 sacas

Holanda, com 62.004 sacas

Alemanha, com 50.463 sacas

Bélgica, com 46.931 sacas

Itália, com 39.905 sacas

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“Muitos contratos que haviam sido assinados vêm sendo suspensos, cancelados ou adiados, a pedido dos importadores americanos, uma vez que a taxação de 50% sobre os cafés especiais brasileiros torna praticamente inviável a realização desses negócios, por causa dos preços extremamente elevados, o que justifica essa queda expressiva no desempenho das exportações aos Estados Unidos”, disse em nota a presidente da BSCA, Carmem Lucia Chaves de Brito, a Ucha.

De acordo com ela, o impacto do tarifaço não será sentido somente por produtores, exportadores e demais elos da cadeia produtiva brasileira, mas, principalmente, pelos consumidores norte-americanos.

“Já observamos elevação no preço do café à população americana, gerando inflação à economia do país. Isso é uma pena, pois afetará o maior mercado consumidor global, que é o principal parceiro dos cafés do Brasil, podendo fazer ruir parte dessa estrutura madura e consolidada, a qual foi edificada com alto custo e esforço dos diferentes elos da indústria cafeeira de Brasil e Estados Unidos. Trabalhamos intensamente na estruturação da cadeia de suprimento de todo esse mercado e, com esse cenário mantido, teremos que empenhar novos e enormes custos e esforços para voltar a vender nos níveis de até então aos EUA”, lamentou Ucha.

A presidente da BSCA comentou que é vital que o Poder Executivo brasileiro faça o trabalho de aproximação e abra diálogo com o governo Trump, em especial após ordem executiva assinada pelo presidente americano no dia 5 de setembro, que informa que as tarifas recíprocas de importações consideradas estratégicas podem ser reduzidas a zero, desde que os países tenham compromissos firmados em acordos comerciais com os EUA e que isso atenda aos interesses americanos e à emergência declarada pelo governo local.

“É crucial que nós, enquanto setor privado, representado por todas as entidades de classe, mantenhamos as conversas com os parceiros industriais e importadores nos EUA e o Departamento de Estado americano, assim como o governo brasileiro precisa abrir, de fato, negociações com a gestão Trump para encontrar uma solução, por meio do diálogo, para o restabelecimento do fluxo do comércio de nossos cafés, em condições justas, entre Brasil e EUA”, declarou Ucha.

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