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Governo suspende Fundação IBGE+ após protestos de servidores

Publicado qua, 29 jan 2025 • 4:33 PM GMT-0300 | Atualizado há 15 dias

Eduardo Gayer, do Times Brasil

KEY POINTS

  • A entidade de direito público-privado havia sido criada à revelia dos servidores pelo presidente do IBGE, Márcio Pochmann, para captar financiamento privado.
  • A Fundação IBGE+ seria um braço do IBGE e poderia, por exemplo, receber dinheiro de empresas privadas para a realização de pesquisas contratadas, em um cenário de aperto financeiro no instituto governamental.
  • O governo federal decidiu suspender temporariamente a criação do IBGE+ e garantiu que vai financiar, com dinheiro do orçamento público, o Censo Agropecuário.

O Ministério do Planejamento e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciaram nesta quarta-feira a suspensão temporária da Fundação IBGE+. À revelia dos servidores, a entidade de direito público-privado foi criada pelo presidente do IBGE, Márcio Pochmann, para captar financiamento privado.

A Fundação IBGE+ seria um braço do IBGE e poderia, por exemplo, receber dinheiro de empresas privadas para a realização de pesquisas contratadas, em um cenário de aperto financeiro no instituto governamental.

A iniciativa, porém, causou revolta nos servidores, que a batizaram de “IBGE Paralelo”. Nesta quarta-feira, servidores fizeram um protesto em frente à sede do IGBE, no Rio de Janeiro, contra a Fundação. A saída de Márcio Pochmann, um indicado direto do presidente Lula, também é cobrada por diretores da entidade.

Em resposta à crise que se arrasta há semanas, o governo federal decidiu suspender temporariamente a criação do IBGE+ e garantiu que vai financiar, com dinheiro do orçamento público, o Censo Agropecuário.

Daqui para frente, o governo federal quer discutir modelos alternativos ao IBGE+. “Estão sendo mapeados modelos alternativos que podem ensejar alterações legislativas, o que requererá um diálogo franco e aberto com o Congresso Nacional. Desta forma, o MPO e o IBGE esclarecem que qualquer decisão que oportunamente for tomada seguirá o debate no IBGE e com o Executivo e o Legislativo”, diz uma nota conjunta do MPO e do IBGE.

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