CNBC

CNBCAnthropic abrirá primeiro escritório na Índia enquanto rival OpenAI aumenta presença no país

Notícias do Brasil

Haddad afirma que governo não vai desistir do IOF e detalha ajustes fiscais

Publicado 09/10/2025 • 12:04 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo não desistirá das medidas envolvendo o IOF, com foco em cortar privilégios tributários para aumentar a justiça fiscal.
  • Haddad afirmou que o governo apresentará diversos cenários ao presidente Lula na próxima quarta-feira, para que as fintechs e o sistema financeiro paguem o imposto que devem ao país.
  • O ministro destacou que o governo está diminuindo o imposto de 25 milhões de brasileiros, enquanto 100 mil pagam um pouco mais por pagarem proporcionalmente muito menos do que deveriam.
  • Haddad criticou o governador Tarcísio sobre o IOF: "Mesmo com a notícia de que o governador do estado agiu [...] em detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima, nós não vamos prejudicar o estado de São Paulo."
Fernando Haddad

Ministro da Fazenda Fernando Haddad.

Lula Marques/Agência Brasil

Em um encontro informal com a imprensa hoje (9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o governo federal não pretende desistir das medidas envolvendo o IOF, destacando que o foco está em cortar privilégios tributários e aumentar a justiça fiscal, sem elevar o imposto para a maioria da população.

Haddad alertou que muitas especulações sobre novas medidas não correspondem à realidade: “As coisas só se tornam oficiais quando passam pela mesa da Presidência da República. Todas as alternativas vão passar pelo crivo da Presidência.”

Ele explicou que o ministério apresentará diversos cenários, garantindo ao presidente liberdade para avaliar a conveniência e a oportunidade de cada medida, incluindo impactos orçamentários e sociais.

O ministro reforçou que nada é oficial até passar pela Presidência da República e que existem múltiplos cenários para análise. “A primeira coisa é um alerta, sobretudo para vocês, jornalistas. As coisas só se tornam oficiais quando passam pela mesa da Presidência da República”, disse. “Geralmente, vamos à Presidência com várias alternativas, para que o presidente possa avaliar conveniência e oportunidade de cada medida.”

Setor financeiro, fintechs e Faria Lima

Haddad destacou que o governo busca garantir que fintechs e empresas do setor financeiro paguem os impostos devidos. “O presidente disse que se reúne na próxima quarta-feira para discutir essas medidas, para que as fintechs e o sistema financeiro paguem o imposto que devem ao país”, afirmou. “Quem vai pagar é a sociedade toda por essa empresa.”

O ministro explicou que o objetivo não é aumentar o imposto da sociedade, mas corrigir distorções tributárias: “Se eu estou cortando esse privilégio, não estou aumentando o imposto da sociedade, estou diminuindo o imposto da sociedade, justamente fazendo com que quem não paga passe a pagar.” Ele reforçou que essas medidas permitem igualar a carga tributária de empresas que antes tinham privilégios indevidos.

Fernando Haddad ressaltou que o alinhamento com a Presidência é essencial para avaliar os impactos econômicos e sociais antes da implementação das medidas, destacando que a equipe econômica busca apresentar alternativas que permitam ao presidente decidir a melhor forma de equilibrar questões fiscais e sociais.

Ele enfatizou que o foco é justiça fiscal, sem prejudicar a população. ‘“O aumento de imposto é você aumentar uma alíquota geral da sociedade. Nós estamos diminuindo o imposto de 25 milhões de brasileiros. E 100 mil, 200 mil estão pagando um pouco a mais, porque pagavam proporcionalmente muito menos do que deveriam.”

Saiba mais:

Lula lamenta derrota da MP do IOF e diz que Congresso ‘derrotou o povo brasileiro’

Haddad vai ao Congresso para tentar destravar MP alternativa ao IOF, foco de preocupação do mercado

Tarcisio de Freitas e São Paulo

O ministro Fernando Haddad ressaltou o histórico de negociações do governo com o Estado de São Paulo, destacando que o Executivo mantém imparcialidade em relação a gestores estaduais, independentemente de suas filiações partidárias. “Da mesma maneira que fizemos em 2023, nós pagamos uma indenização para o governo do Estado de São Paulo do calote do governo Bolsonaro em março de 2023, em acordo com o governador Tarcísio”, afirmou, reforçando a postura do presidente Lula de não discriminar administrações estaduais.

Ao mesmo tempo, Haddad criticou ações recentes que, em sua avaliação, tentaram proteger interesses específicos de setores financeiros, como a Faria Lima, por meio da tentativa de impedir medidas tributárias, como a Medida Provisória do IOF, e garantiu: “Nós não vamos prejudicar o estado de São Paulo. Vamos agir para atender aos anseios dos paulistas, assim como fizemos até aqui”, mostrando a tensão entre o governo e grupos que buscam resguardar privilégios em detrimento do interesse público.

Ele também mencionou a renegociação de dívidas realizada no ano passado, lembrando que o processo foi conduzido em conjunto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para ajustar a dívida do Estado de São Paulo. Haddad sublinhou que essas medidas refletem o compromisso do governo com a população paulista, independentemente de alinhamentos políticos: “A orientação do presidente Lula sempre foi jamais discriminar o governador pela sua bandeira partidária.”

O ministro também criticou ações que, na sua visão, buscavam beneficiar interesses específicos, como os ligados à Faria Lima, mas garantiu que isso não prejudicará os paulistas.

“Mesmo com a notícia de que o governador do estado agiu, na minha opinião, em detrimento dos interesses nacionais para proteger a Faria Lima, nós não vamos prejudicar o estado de São Paulo. Nós vamos agir para atender os anseios dos paulistas da mesma maneira que fizemos até aqui.”, sinalizou.

Haddad reforçou que o governo seguirá equilibrando responsabilidade fiscal e compromisso social. “São as mesmas forças que abriram os cofres em 2022 para tentar garantir a condição do eleitorado são as mesmas que estão desorganizando o orçamento de 2026 para obter o resultado eleitoral. Nós vamos atuar na medida das nossas competências constitucionais para fazer valer essa orientação que o presidente Lula deu desde o primeiro dia de governo”, finaliza.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Notícias do Brasil

;