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Petróleo cai mais de 7% após ataque iraniano à base dos EUA no Catar não deixar vítimas
Publicado 23/06/2025 • 14:49 | Atualizado há 2 horas
Por que os mercados globais ignoram os ataques dos EUA ao Irã
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Publicado 23/06/2025 • 14:49 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Pixabay.
Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (23), com os investidores minimizando o risco ao fornecimento de petróleo do Oriente Médio, mesmo após o Irã ter disparado mísseis contra uma base aérea americana no Catar, em retaliação aos ataques do fim de semana contra seu programa nuclear.
Os contratos futuros do petróleo bruto dos EUA caíram US$ 5,33, ou 7,22%, fechando a US$ 68,51 por barril. O petróleo de referência global Brent caiu US$ 5,73, ou 7,44%, a US$ 71,28.
As Forças Armadas do Irã informaram que lançaram um ataque com mísseis à Base Aérea de Al-Udeid, no Catar, onde as forças americanas estão estacionadas, de acordo com uma tradução da NBC News da TV estatal iraniana.
A Casa Branca e o Departamento de Defesa estavam monitorando de perto as potenciais ameaças à Base Aérea de Al-Udeid, disse um alto funcionário da Casa Branca à NBC News, do mesmo grupo CNBC, na tarde de segunda-feira (23).
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Ambos os índices de referência estavam bem abaixo das máximas registradas durante a noite, após os EUA bombardearem três importantes instalações nucleares no Irã no fim de semana. O Brent subiu mais de 5% na noite de domingo (22), atingindo US$ 81, antes de recuar. O WTI também atingiu seus níveis mais altos desde janeiro, antes de recuar.
“O mercado está precificando um cenário em que as coisas se acalmem gradualmente”, disse Jorge Leon, chefe de análise geopolítica da Rystad Energy, ao programa “Worldwide Exchange” da CNBC na segunda-feira (23).
“O preocupante é que o outro cenário extremo, em que há a ameaça de fechar o Estreito de Ormuz, ainda é realista”, disse Leon. “As coisas podem piorar muito, muito rapidamente.”
Mais cedo, Trump exigiu que “todos” mantivessem os preços do petróleo baixos. Não ficou claro a quem ele se dirigia, embora provavelmente estivesse pedindo à indústria petrolífera americana que aumentasse a produção.
O pior cenário para o mercado de petróleo seria uma tentativa do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, segundo analistas de energia. Cerca de 20 milhões de barris de petróleo bruto por dia, ou 20% do consumo global, passaram pelo estreito em 2024, segundo a Administração de Informação de Energia (EIA).
A mídia estatal iraniana noticiou que o parlamento iraniano apoiou o fechamento do estreito, citando um parlamentar sênior. No entanto, a decisão final sobre o fechamento do estreito cabe ao Conselho de Segurança Nacional do Irã, segundo a reportagem.
O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, alertou o Irã contra a tentativa de fechar o estreito. Seria um “suicídio econômico” para a República Islâmica, já que suas exportações passam pela hidrovia, disse Rubio.
“Temos opções para lidar com isso”, disse Rubio à Fox News em entrevista no domingo. “Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa. Seria, acredito, uma escalada massiva que mereceria uma resposta, não apenas nossa, mas de outros.”
O Irã produziu 3,3 milhões de bpd em maio, de acordo com o relatório mensal do mercado de petróleo da OPEP, divulgado em junho, que cita fontes de analistas independentes. O país exportou 1,84 milhão de bpd no mês passado, com a grande maioria vendida para a China, segundo dados da Kpler.
Rubio pediu à China que use sua influência para impedir que Teerã feche o estreito. Cerca de metade das importações de petróleo bruto por via marítima da China vêm do Golfo Pérsico, segundo a Kpler.
“Eu encorajo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo”, disse Rubio.
Os investidores também estão observando as chances de uma maior desestabilização do regime iraniano como resultado das hostilidades entre EUA e Israel, dado o exemplo do impacto de longo prazo que a expulsão de Muammar Gaddafi, liderada pela OTAN em 2011, teve sobre os suprimentos da Líbia.
As tensões também aumentaram no vizinho Iraque, o segundo maior produtor da OPEP, onde milícias pró-Teerã já ameaçaram Washington caso atacasse o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
No domingo (22), a Guarda Revolucionária do Irã alertou que “as bases americanas na região não são sua força, mas sim sua maior vulnerabilidade”, sem especificar locais específicos, de acordo com comentários traduzidos pelo Google e veiculados pela agência de notícias iraniana Fars.
Laços diplomáticos incipientes, mas reavivados, entre os antigos rivais Irã e Arábia Saudita podem, entretanto, dissipar a possibilidade de interrupções no fornecimento do maior exportador de petróleo bruto do mundo.
“O Reino da Arábia Saudita acompanha com profunda preocupação os acontecimentos na República Islâmica do Irã, particularmente o ataque às instalações nucleares iranianas pelos Estados Unidos da América”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores saudita no domingo. Riad, um aliado próximo dos EUA no Oriente Médio, limitou seu envolvimento nas ofensivas Irã-Israel.
Em 2019 — quatro anos antes de retomar as relações diplomáticas com o Irã — as instalações petrolíferas da Arábia Saudita em Abqaiq e Khurais sofreram danos durante ataques reivindicados pelos houthis, mas pelos quais Riad e os EUA alegaram que o Irã tinha responsabilidade. Teerã negou envolvimento.
Na retomada do fogo israelense-iraniano na semana passada, o chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, disse que a instituição estava monitorando os acontecimentos e que “os mercados estão bem abastecidos hoje, mas estamos prontos para agir se necessário”, com 1,2 bilhão de barris de estoques de emergência em espera.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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