A maioria dos brasileiros não acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha poder para influenciar a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, aponta pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (28).
A pesquisa questionou diretamente os entrevistados: “Trump é capaz de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro?”, e 59% responderam que não.
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Apenas 31% disseram acreditar que a interferência do presidente americano seria capaz de reverter a situação de Bolsonaro na Justiça Eleitoral, enquanto 10% não souberam responder.
Desde junho de 2023, Bolsonaro está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.
Declarações de Trump sobre Bolsonaro
Em 17 de junho, Trump enviou uma carta endereçada a Bolsonaro. Publicado em sua página oficial na rede Truth Social, o documento traz o timbre da Casa Branca e expressa apoio político a Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Na carta, Trump afirma ter acompanhado o processo judicial contra Bolsonaro e pede o encerramento imediato do julgamento. “Vi o tratamento terrível que você está recebendo nas mãos de um sistema injusto. Esse julgamento deveria acabar imediatamente!”, escreveu o presidente norte-americano.
Já em julho, o presidente dos Estados Unidos voltou a usar as redes sociais para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Trump republicou a postagem feita no dia anterior, em que escreveu: “Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!”
Em meio a ameaças de impor tarifas a países do BRICS, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestou sobre a política brasileira. Na postagem, Trump classificou Bolsonaro como um “líder forte” e um “negociador muito duro em acordos comerciais”, além de afirmar que o ex-presidente brasileiro “realmente amava seu país”.
Em tom eleitoral, Trump também destacou que a eleição de Bolsonaro foi apertada e que “agora, ele lidera nas pesquisas”. Segundo o norte-americano, as ações contra o ex-mandatário brasileiro representam “um ataque a um adversário político”.
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