Padilha assume Saúde com foco em reduzir filas
Publicado 10/03/2025 • 21:17 | Atualizado há 17 horas
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Publicado 10/03/2025 • 21:17 | Atualizado há 17 horas
KEY POINTS
Alexandre Padilha em dezembro de 2024
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta segunda-feira (10) o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi realocado da Secretaria das Relações Institucionais. A mudança faz parte da reforma ministerial que o chefe do Executivo realiza com foco em frear sua queda de popularidade e preparar a gestão para a reeleição petista em 2026.
A cerimônia de posse, realizada no salão nobre do Palácio do Planalto, contou com a participação de diversos ministros, deputados e senadores, além de outros convidados. O local, reservado para eventos com mais pessoas, ficou lotado.
Padilha voltará a comandar a pasta que chefiou entre 2011 e 2014, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Lula aposta que o traquejo político de Padilha sirva para alavancar os programas da área e melhorar a avaliação da gestão petista. Um de seus principais focos durante à frente da Saúde será fortalecer o Programa Mais Acesso a Especialistas. Ele substitui Nísia Trindade, que comandava a Saúde desde 2023.
Desde o início de seu terceiro mandato, o Ministério da Saúde era visto como uma das principais apostas de Lula para alavancar o governo com programas emblemáticos, como o Farmácia Popular, especialmente fazendo frente à gestão de Jair Bolsonaro, que ficou marcada pelas centenas de milhares de pessoas mortas durante a pandemia da covid-19. Porém, a gestão Nísia foi alvo de diversos ataques, tanto de partidos do Centrão, que tinham interesse em assumir a pasta, quanto de próprios integrantes do governo, que avaliavam sua gestão como abaixo do esperado. A ministra era da cota pessoal de Lula, que a defendeu em diversas ocasiões. Em 25 de fevereiro, no entanto, o presidente anunciou sua demissão.
Assim como Nísia, Padilha também foi alvo de críticas durante a chefia da articulação política e já recebeu ataques do então presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que chamou o ministro de “desafeto pessoal”.
A oficialização das trocas nesta segunda-feira busca mudar o perfil das pastas. Com Padilha na Saúde, Lula aposta em um tom político no ministério que impulsione os programas do governo. A avaliação em Brasília era de que faltava traquejo político para a Nísia administrar os interesses de congressistas sobre a pasta – experiência que Padilha acumula por já ter sido ministro da Saúde e das Relações Institucionais. O Ministério da Saúde é a pasta que mais executa emendas parlamentares, o que faz a estrutura ser desejada pelos principais partidos do Congresso.
Desde que foi anunciado como novo chefe do ministério, Padilha divulga diariamente seu trabalho na transição para a Saúde. Na semana passada, por exemplo, publicou no Instagram: “Estamos preparando tudo para iniciar essa missão à frente do Ministério, em busca do nosso objetivo de reduzir o tempo de espera para atendimento à saúde”.
Formado em Medicina e doutor em Saúde Coletiva, Alexandre Padilha, de 53 anos, é deputado federal licenciado. Desde janeiro de 2023, chefiava a Secretaria de Relações Institucionais, pasta com status de ministério cuja atribuição é a articulação política entre Congresso e Palácio do Planalto.
Antes de chefiar o ministério da Saúde no primeiro governo de Dilma, Padilha havia sido diretor interino da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2004, e titular da Secretaria de Relações Institucionais entre 2009 e 2010. Após a gestão Dilma, foi secretário municipal de Saúde da cidade de São Paulo, de 2015 a 2016.
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que seu foco à frente da pasta será trabalhar pela redução do tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no Sistema Único de Saúde.
“Chego ao ministério da saúde com uma obsessão: reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento especializado no nosso país. Todos os dias, vou trabalhar para buscar maior acesso e menor tempo de espera para quem precisa”, afirmou.
O ministro declarou que volta ao ministério “ainda mais cheio de energia do que primeira vez”. Também disse que “não há solução mágica para reduzir tempo de espera”
Padilha agradeceu a Nísia Trindade pelo seu trabalho na pasta. A agora ex-ministra participou da cerimônia e agradeceu ao governo em discurso feito antes de Padilha.
“Sei do cenário de negação da ciência que Nísia encontrou ao assumir o Ministério da Saúde em 2023. Como colega de governo pude ver de perto o trabalho de perto da Nísia e de sua equipe para reconstruir políticas que o Brasil tomava como garantidas, mas que foram alvos do ódio deliberado do governo anterior”, declarou.
O novo ministro afirmou que terá “lealdade e dedicação integral” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que “nada deixa mais feliz um médico do que ser pela segunda vez ministro da Saúde”.
“Presidente, pode contar mais uma vez com a lealdade e dedicação integral até o último segundo que me honrar com essa missão de ser ministro da Saúde do nosso país”, afirmou o ministro.
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