O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou nesta quarta-feira (9) novas cartas informando as novas tarifas de importação dos EUA a pelo menos sete países, intensificando sua estratégia de reconfigurar as relações comerciais internacionais dos Estados Unidos.
As cartas mais recentes, reveladas por Trump por meio de capturas de tela publicadas na rede Truth Social, foram endereçadas aos líderes de Filipinas, Brunei, Moldávia, Argélia, Iraque, Líbia e Sri Lanka.
Trump já havia antecipado o anúncio na noite de terça-feira (8), escrevendo nas redes sociais que divulgaria “um mínimo de 7 países” na manhã de quarta-feira e “um número adicional de países” durante a tarde.
Essa nova rodada ocorre dois dias após Trump compartilhar as primeiras cartas, enviadas a 14 países, informando que suas exportações para os EUA enfrentariam novas tarifas elevadas a partir de 1º de agosto.
Essas cartas, praticamente idênticas e com duas páginas, foram assinadas na segunda-feira (7) e enviadas a: Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão, África do Sul, Laos, Mianmar, Bósnia e Herzegovina, Tunísia, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Camboja e Tailândia.
As alíquotas definidas até agora para os 21 países variam entre 20% e 40%. Segundo os documentos, os EUA “talvez” considerem ajustar essas tarifas, “dependendo da relação com seu país”.
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As cartas afirmam ainda que as tarifas propostas são “muito menores do que o necessário para eliminar o desequilíbrio do déficit comercial” entre os EUA e esses países. Trump tem reiterado que déficits comerciais representam que os EUA estão sendo prejudicados — visão contestada por diversos especialistas.
Vários dos países que receberam as cartas têm baixo volume de comércio com os Estados Unidos. Embora todos apresentem déficit comercial com os EUA, em muitos casos esses valores são pequenos. Por exemplo, o déficit dos EUA com a Moldávia em 2024 foi de apenas US$ 85 milhões, segundo dados oficiais americanos.
Grande parte das tarifas anunciadas agora é semelhante às medidas adotadas por Trump no chamado “Dia da Libertação”, em 2 de abril, quando foi estabelecida uma tarifa-base de 10% para quase todos os países do mundo, além de sobretaxas maiores aplicadas a dezenas de nações específicas.
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