CNBC
Fachada de uma loja da Apple.

CNBCApple está bem posicionada no ranking da IA mesmo sem tecnologia própria, aponta analista da CNBC

Brasil

Ordem de Trump aumenta impactos da Lei Magnitsky sobre bancos brasileiros

Publicado 04/09/2025 • 19:13 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Em entrevista exclusiva ao Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, o especialista em Direito Econômico e Bancário, Fabiano Jantalia, explicou os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky dos Estados Unidos sobre instituições financeiras brasileiras com atuação internacional.
  • De acordo com o especialista, a legislação americana tem um alcance global quando envolve empresas ou cidadãos do país.
  • Jantalia destacou que as decisões das instituições financeiras não têm relação com a figura da pessoa sancionada, mas com o risco regulatório envolvido.

A aplicação da Lei Magnitsky dos Estados Unidos não tem efeito automático sobre instituições financeiras brasileiras, mas pode alcançar bancos com operações internacionais, avaliou o advogado Fabiano Jantalia, especialista em Direito Econômico e Bancário, em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo ele, a legislação ganhou força prática a partir da ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em 2017, que deu contornos claros à lei. “A Lei Magnitsky, por si só, não teria eficácia. O que realmente importa é a ordem executiva. Ela não obriga diretamente os bancos brasileiros, mas, se eles têm relações com ativos ou empresas americanas, acabam sendo alcançados indiretamente pelas restrições”, afirmou.

Na prática, trata-se de um mecanismo de alcance global. “Não importa se o banco está no Brasil, em Marte ou onde quer que seja. Se ele mantém relações com os Estados Unidos, está sujeito a essas normas. Não é uma imposição direta à soberania brasileira, mas uma condição para operar com o sistema americano. A lógica é simples: se você quer manter relações financeiras com os EUA, precisa respeitar as regras deles”, disse Jantalia.

Leia mais:
Pressão do governo Trump contra bancos brasileiros produz cenário de incerteza quanto a punições
Missão contra tarifaço: secretário de Trump diz a empresários que impasse com o Brasil é mais político que econômico

Sanções e insegurança regulatória

A possível sanção ao ministro Alexandre de Moraes trouxe inquietação ao setor bancário. “A ordem executiva diz que ninguém pode ajudar um sancionado a fugir do bloqueio de ativos, por nenhum meio possível. Se o Banco do Brasil suspendeu um cartão ou conta, pode ter sido justamente para evitar a interpretação de que estaria ajudando um sancionado a burlar as restrições”, explicou.

O advogado reforçou que a cautela dos bancos não se relaciona com a figura da pessoa sancionada, mas com o risco de sofrer penalidades ao descumprir as regras. “A lógica vale para qualquer cidadão do mundo. O que o Departamento de Estado americano avalia é se o banco, de alguma forma, está permitindo que uma pessoa sancionada continue acessando recursos. E essa avaliação é altamente subjetiva, variando de caso a caso.”

Desafio para bancos brasileiros

Jantalia lembrou que o Brasil não é exceção: a Lei Magnitsky já atingiu mais de 260 pessoas em 50 países. “O que os Estados Unidos querem evitar é que bancos estrangeiros sirvam de escudo para os sancionados. E, para os bancos brasileiros com presença internacional, o desafio agora é demonstrar que estão em conformidade com as exigências e não estão facilitando nenhuma violação”, concluiu.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Brasil