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KEY POINTS
O presidente dos EUA, Donald Trump.
GDO/Fotos Públicas
Donald Trump será a estrela de uma aguardada participação online no Fórum Econômico Mundial em Davos, nesta quinta-feira, quando se dirigirá às elites globais reunidas no evento, marcado pelos primeiros dias do segundo mandato do presidente dos EUA. No horário de Brasília será às 13:00.
O nome de Trump tem sido mencionado em quase todas as conversas na vila alpina suíça nesta semana: em painéis formais, nos transportes que levam as pessoas pela montanha e em festas exclusivas ao longo da avenida principal.
“Trump é um provocador. Ele gosta de ser um provocador, e muitas pessoas em Davos estão entediadas com suas vidas. Ele não é entediante. Então, sabe, é algo empolgante,” disse Graham Allison, acadêmico de Harvard e participante regular do WEF, à AFP.
Davos finalmente ouvirá do próprio Trump durante uma aparição ao vivo por vídeo, com CEOs de bancos e da indústria de petróleo tendo a chance de fazer perguntas ao presidente, que também é um empresário que fez fortuna no setor imobiliário.
Ele já deu uma amostra do que está por vir desde sua posse na segunda-feira, que coincidiu com o primeiro dia do WEF: ameaças de tarifas contra o México e o Canadá, a retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre o clima e até uma ameaça de reivindicar o Canal do Panamá, entre outros.
Seus planos de reduzir impostos, diminuir o tamanho do governo federal e desregulamentar indústrias encontrarão receptividade entre muitos empresários.
“Trump tem governado os Estados Unidos como se fosse uma empresa, a ‘América Inc.’. Ele tem sido muito focado em obter as melhores vantagens para os EUA de qualquer maneira possível,” disse Julie Teigland, sócia-gerente da consultoria EY, à AFP.
“Ele sabe que precisa de parceiros comerciais para isso. Ele sabe. Então espero que ele transmita mensagens nessa linha,” acrescentou.
Trump será questionado pelo CEO do Bank of America, Brian Moynihan; pelo chefe da firma de investimentos Blackstone, Stephen Schwarzman; pela presidente executiva do Banco Santander, Ana Botín; e pelo chefe da gigante francesa de petróleo e gás TotalEnergies, Patrick Pouyanné.
Um dos maiores apoiadores do presidente republicano no cenário internacional, o presidente libertário da Argentina, Javier Milei, fará um discurso no WEF nesta quinta-feira, horas antes de Trump.
“O mundo deveria celebrar a chegada do presidente Trump,” disse Milei em um evento da Bloomberg na quarta-feira.
“A era dourada que ele propõe para os Estados Unidos iluminará o mundo inteiro, pois significará o fim da ideologia ‘woke’, que está causando tanto dano ao planeta,” afirmou Milei.
Um de seus apoiadores no mundo dos negócios, Marc Benioff, CEO da empresa de tecnologia Salesforce, também foi entusiasta no mesmo evento da Bloomberg.
“Estou muito otimista,” disse ele. “Estou ansioso para ver o que vai acontecer. É um novo dia e um momento empolgante.”
Parceiros comerciais e rivais dos EUA já tiveram a chance de reagir em Davos no início desta semana, enquanto se preparam para a segunda rodada das políticas “América em Primeiro Lugar”.
Sem mencionar diretamente o nome de Trump, o vice-primeiro-ministro chinês Ding Xuexiang alertou que “não há vencedores em uma guerra comercial”.
O chanceler alemão Olaf Scholz prometeu defender o livre-comércio, mas adotou um tom conciliador, dizendo que teve boas conversas anteriores com Trump.
A chefe da União Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que Bruxelas está pronta para negociar com Trump, mas também destacou a divergência de políticas com ele em relação ao clima, reafirmando o compromisso com o Acordo de Paris.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, rejeitou as reivindicações de Trump sobre o Canal do Panamá, que foi construído pelos Estados Unidos, mas entregue ao país centro-americano em 1999 sob tratados de décadas.
Mulino disse que não estava “preocupado” e que o Panamá não seria “distraído por esse tipo de declaração”.
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