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Turismo de verão no Brasil deve bater recorde histórico, projeta FecomercioSP

Publicado 25/12/2025 • 19:57 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Turismo de verão no Brasil deve bater recorde histórico, com receita estimada em R$ 64 bilhões, impulsionada pela força do lazer e do turismo corporativo, segundo a FecomercioSP
  • Crescimento da demanda não é acompanhado pela infraestrutura, o que pressiona preços e evidencia a falta de continuidade em políticas públicas para o setor
  • Grupos internacionais demonstram apetite para investir no turismo brasileiro, mas juros elevados, custo do capital e instabilidade regulatória ainda limitam uma expansão mais acelerada do setor

O turismo de verão brasileiro da temporada atual deve ser o maior da história, com receita estimada em cerca de R$ 64 bilhões entre dezembro e fevereiro. É o que afirma o presidente do Conselho de Turismo da entidade, Guilherme Dietze, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.

Segundo Dietze, o desempenho positivo acompanha a tendência observada ao longo de 2025, com recordes sucessivos de faturamento no setor. “Quando a gente olha agora para dezembro, janeiro e fevereiro, não está muito longe do que vem acontecendo ao longo do ano do turismo. Nós estamos tendo recorde de faturamento no setor ao longo do ano”, afirmou.

O executivo atribui o avanço a uma combinação de fatores econômicos. Do lado do turismo de lazer, o fortalecimento do emprego e o acesso ao crédito impulsionaram a demanda. “As pessoas compram o pacote turístico em seis, 12 vezes. Então, precisa ter crédito, um cartão de crédito, um crédito pessoal para poder fazer a aquisição de um pacote de turismo”, disse.

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Já no segmento corporativo, o crescimento econômico, ainda que moderado, tem estimulado eventos, convenções e feiras. “São empresas que saíram da pandemia querendo fazer seus eventos, suas convenções, suas feiras, e com isso você tem um movimento no segmento corporativo muito forte, sobretudo na cidade de São Paulo”, explicou.

Infraestrutura não acompanha a demanda

Apesar do crescimento projetado de 7,5% na alta temporada em relação ao ano passado, Dietze avalia que a infraestrutura turística ainda está aquém do necessário. “A demanda tem crescido muito forte, mas a oferta ainda demora bastante tempo”, afirmou, citando a falta de continuidade em políticas públicas para o setor e as sucessivas trocas no comando do Ministério do Turismo.

Segundo ele, investimentos privados existem, como privatizações de aeroportos regionais e expansão do setor hoteleiro, mas são lentos. “Não é da noite para o dia que a gente consegue aumentar o número de leitos de uma forma significativa. Isso demora dois, três anos”, disse.

O descompasso entre oferta e demanda tem pressionado preços. “Quem está pensando, de última hora, fazer um voo para Fortaleza vai pagar muito caro. Um hotel, um resort, vai pagar muito caro”, alertou.

Apetite estrangeiro

Dietze reconhece o interesse crescente de grupos internacionais pelo turismo brasileiro, impulsionado por resultados superiores aos observados em mercados como Europa e Estados Unidos. Ainda assim, aponta entraves relevantes. “Mesmo com essa demanda muito forte, eu tenho que investir com uma taxa de juros a 15% ao ano, que é a nossa Selic”, afirmou.

Além do custo elevado do capital, o presidente do conselho citou dificuldades de mão de obra e instabilidade regulatória, como mudanças frequentes em regras aeroportuárias. “Toda essa instabilidade, taxa de juros elevada, o custo do capital têm trazido essa limitação do crescimento”, disse, ponderando que o cenário é positivo, mas poderia ser melhor.

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Em relação aos destinos mais procurados, Dietze afirmou que o padrão se mantém. “O brasileiro busca sempre sol e praia”, disse. Entre os destaques estão Salvador, Porto de Galinhas, Fortaleza e Alagoas, que, segundo ele, tem se beneficiado de forte promoção turística e ampliação de conexões internacionais. “O Nordeste brasileiro é a bola da vez do nosso turismo”, afirmou.

O dirigente também destacou o potencial do Brasil diante do fenômeno do “overtourism” em cidades europeias. “O Brasil é o lugar perfeito, porque você tem todos os tipos, todos os perfis de turismo no país”, disse, lembrando que o país caminha para bater o recorde de 9 milhões de turistas estrangeiros.

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