Novas perspectivas sobre concussões no esporte: da inatividade ao exercício controlado
Publicado 12/05/2025 • 21:10 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 12/05/2025 • 21:10 | Atualizado há 2 dias
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Novas perspectivas sobre concussões no esporte: da inatividade ao exercício controlado.
Unsplash.
O Protocolo de Buffalo para concussão, também conhecido como teste de esforço ou teste de esteira ou bicicleta, propõe uma nova abordagem para acompanhar atletas após um trauma. A primeira consideração relevante é que o ideal, em qualquer acompanhamento de atletas e equipes, é contar com uma avaliação basal feita na pré-temporada.
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Muitos times ao redor do mundo, independentemente do esporte – como futebol, futebol americano, hóquei, basquete ou esportes de luta – realizam essa avaliação antes da temporada ou das lutas. O objetivo é entender como os atletas estão em seu estado normal, para que seja possível fazer comparações após uma eventual concussão.
No entanto, o Protocolo de Buffalo não contempla essa avaliação prévia como parte oficial do protocolo, o que representa uma limitação. Para contornar esse problema, é preciso que os times ou comissões médicas adotem essa prática por conta própria.
O maior comparativo em relação ao teste de Buffalo é com o SCAT (Sport Concussion Assessment Tool), atualmente em sua sexta versão, embora amplamente utilizado desde o SCAT4. O SCAT é bastante difundido entre os clubes e serve como marcador de estado basal do atleta. Quando ocorre uma concussão, os dados são comparados com os resultados da pré-temporada, permitindo um acompanhamento mais preciso. O SCAT avalia a parte cognitiva do paciente, verificando se houve alguma alteração em relação ao seu estado basal. A partir disso, é possível acompanhar sua recuperação até que os parâmetros voltem ao normal, liberando o atleta para retorno ao jogo.
Por outro lado, o Protocolo de Buffalo se baseia em testes de esforço físico. O atleta é submetido a uma esteira, com aumento gradual de velocidade, ou à bicicleta ergométrica, com aumento progressivo da carga. Enquanto o esforço é realizado, os sintomas são monitorados. Essa é a principal diferença entre os dois protocolos: Buffalo foca na resposta física progressiva, enquanto o SCAT é centrado na cognição e nas comparações com a linha de base.
Apesar de ser propagado como individualizado, o Protocolo de Buffalo compartilha essa característica com todos os protocolos modernos, pois cada atleta evolui de forma distinta. Alguns se recuperam rapidamente, enquanto outros apresentam quadros mais graves, como edema cerebral – casos raros, mas que exigem atenção. Dessa forma, ainda que os protocolos sejam abrangentes, eles precisam ser adaptados a cada indivíduo.
Hoje, já existem testes complementares que utilizam recursos computacionais e inteligência artificial, como os óculos de realidade virtual. Esses equipamentos permitem, por exemplo, a análise de dados da pré-temporada imediatamente após o trauma, ajudando a confirmar o diagnóstico de concussão. Eles oferecem uma avaliação matemática e objetiva do impacto, facilitando o trabalho da equipe médica e melhorando o acompanhamento da evolução do atleta até seu retorno às atividades.
Dr. Renato Anghinah é Neurologista - CRM-SP 67144 RQE 22960 e 49254
Dr. Renato Anghinah é neurologista com ampla experiência em diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos, concussões e traumas cranianos relacionados ao esporte. Doutor em Neurologia pela USP, com formação na Unifesp e título de livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), tem forte atuação acadêmica e internacional, com colaborações em pesquisas junto à Universidade de Boston, Harvard, McGill, Lowenstein (Universidade de Tel Aviv) e ao Consórcio EuroLat para Doença de Alzheimer e Cognição. Atualmente, é Diretor do Departamento Médico do Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo e integra importantes sociedades médicas e científicas nacionais e internacionais.
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