As ações da Oracle dispararam 35,95% na quarta-feira (10) após a divulgação de forte demanda por nuvem. A empresa atingiu uma máxima histórica e registrou seu melhor desempenho desde 1992.
Com o resultado, a Oracle adicionou US$ 244 bilhões em valor de mercado, alcançando a marca de US$ 922 bilhões.
A companhia informou na última terça-feira (9), após o fechamento do mercado, que possui US$ 455 bilhões em obrigações de desempenho restantes (RPO) — um aumento de 359% em relação ao ano anterior.
“Este é um resultado histórico para a Oracle com esse backlog”, disse Ben Reitzes, chefe de pesquisa em tecnologia da Melius Research, ao programa Closing Bell: Overtime, da CNBC. “O mercado esperava cerca de US$ 180 bilhões em RPO, e eles estão falando de um número que é múltiplo disso. É impressionante.”
A Oracle tem se beneficiado do avanço da inteligência artificial graças ao seu negócio de infraestrutura de nuvem e ao acesso às GPUs da Nvidia, essenciais para grandes cargas de trabalho. No entanto, a competição é intensa, com a empresa disputando clientes com outros provedores de nuvem, como Microsoft, Amazon e Google.
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O fundador da Oracle, Larry Ellison, aumentou em US$ 100 bilhões sua fortuna nesta quarta-feira (10). Segundo a Bloomberg, ele ultrapassou Elon Musk, CEO da Tesla, como a pessoa mais rica do mundo. A Forbes, no entanto, ainda mantinha Musk à frente de Ellison em seu ranking.
A Oracle projeta US$ 18 bilhões em receita com infraestrutura de nuvem em 2026, com expectativa de que o valor anual alcance US$ 32 bilhões, US$ 73 bilhões, US$ 114 bilhões e US$ 144 bilhões nos quatro anos seguintes.
Alguns analistas disseram estar “surpresos” e “em choque” com os números. Gil Luria, da D.A. Davidson, classificou os resultados como “absolutamente impressionantes” no programa Fast Money da CNBC. Já analistas do Wells Fargo avaliaram como uma “confirmação importante” do mercado de IA.
Especialistas do Deutsche Bank chamaram os resultados da Oracle de “realmente excepcionais” em nota nesta quarta-feira, destacando a liderança da empresa em infraestrutura de IA. O banco manteve a recomendação de compra para as ações e elevou o preço-alvo de US$ 240 para US$ 335.
O Bank of America afirmou que o “backlog excepcional” da Oracle consolida seu papel como “um facilitador-chave de IA”, atualizando a recomendação de neutra para compra.
“Embora a lucratividade das cargas de trabalho de IA ainda seja debatida, está claro que a Oracle está conquistando participação no grande e crescente mercado de infraestrutura de IA”, escreveram os analistas.
As projeções de receita de nuvem da Oracle ofuscaram o resultado do primeiro trimestre fiscal, que ficou abaixo das expectativas de receita e lucro. A empresa registrou lucro ajustado de US$ 1,47 por ação, ligeiramente abaixo dos US$ 1,48 esperados pelos analistas consultados pela LSEG. A receita do trimestre foi de US$ 14,93 bilhões, abaixo dos US$ 15,04 bilhões previstos.
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