A FTC (Comissão Federal do Comércio) retirou uma iniciativa do governo Biden para bloquear a compra da produtora de jogos Activision Blizzard, dona da franquia de games “Call of Duty”, pela Microsoft.
Segundo o governo anterior, a compra ajudaria a formar um monopólio e controle excessivo da Microsoft no mercado. Os republicanos, maioria controladora do FTC, alegam atender o interesse público, impedindo o bloqueio da transação.
A compra da Activision Blizzard é avaliada em US$ 69 bilhões, considerada uma das maiores no ramo de tecnologia.
A compra deve fortalecer a presença da Microsoft no mercado de games, especialmente com a popular franquia Call of Duty, além de impulsionar as vendas do Xbox, que disputa mercado com os consoles PlayStation e Nintendo.
A FTC, sob a liderança da democrata Lina Khan, entrou com uma ação em dezembro de 2022 para tentar impedir a fusão, alegando que a operação poderia prejudicar a concorrência e limitar o acesso de rivais a jogos e conteúdos disponíveis no Xbox.
No entanto, a Justiça negou o pedido da FTC em julho de 2023, permitindo o avanço da compra. A agência recorreu, mas também teve seu recurso negado por um tribunal federal no início deste mês. Com a aprovação do regulador do Reino Unido, a Microsoft concluiu oficialmente a aquisição em outubro de 2023.
Brad Smith, vice-presidente da Microsoft, comemorou a decisão da FTC em uma publicação na rede social X, afirmando que o desfecho representa “uma vitória para os gamers e para o bom senso em Washington”.
A FTC passou por mudanças desde a posse do presidente Donald Trump. Lina Khan deixou o comando da agência em janeiro, e os comissários democratas Rebecca Slaughter e Alvaro Bedoya foram demitidos em março.
Ambos processaram o governo alegando que a demissão foi ilegal. Atualmente, a FTC é composta apenas por comissários republicanos.
Mesmo com o recuo em alguns casos, a FTC manteve medidas iniciadas no governo anterior, como a exigência de que empresas como plataformas de hospedagem, hotéis e sites de venda de ingressos revelem todas as taxas de forma clara antes da finalização da compra — regra que passou a valer neste mês.
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