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Safra histórica do Brasil e tarifaço de Trump desviam a soja para a China e encalham a produção dos Estados Unidos
Publicado 24/09/2025 • 08:30 | Atualizado há 2 meses
Publicado 24/09/2025 • 08:30 | Atualizado há 2 meses
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Soja.
Agência CNA
O Brasil iniciou o plantio da safra 2025/26 de soja com uma área recorde de 48,8 milhões de hectares, crescimento de 3% em relação ao ciclo anterior, segundo a consultoria Safras & Mercado. A produção esperada é de 180,92 milhões de toneladas, avanço de 5,3% na comparação anual.
Enquanto o Brasil amplia seu protagonismo, os Estados Unidos reduziram a área plantada para 33,7 milhões de hectares, queda de 4%. Essa diferença amplia o distanciamento estrutural entre os dois países na disputa pela liderança mundial da oleaginosa.
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Segundo Luiz Almeida, diretor de operações da EEmovel Agro, a expansão brasileira deve ser acompanhada com atenção. “A volatilidade do mercado pode impactar diretamente nossos negócios. O mapeamento das culturas nos permite preparar clientes e parceiros para as oportunidades que surgem com o fortalecimento da soja brasileira”, afirma.
Estudos do governo brasileiro indicam que a área plantada pode chegar a 57 milhões de hectares até 2034, com produção de até 199 milhões de toneladas. O avanço garante ao Brasil não apenas a manutenção da liderança mundial, mas também maior influência nas exportações globais.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima sua estimativa de produção americana, para 117,05 milhões de toneladas, após aumento na área colhida. Também elevou as exportações projetadas em 1,2%, para 45,86 milhões de toneladas. Para o Brasil, manteve a previsão de safra em 175 milhões de toneladas e de exportações em 112 milhões.
Na Argentina, a colheita deve se manter em 48,5 milhões de toneladas, com exportações projetadas em 6 milhões. A China, maior compradora mundial, seguirá importando 112 milhões de toneladas.
Apesar da revisão positiva, os EUA enfrentam dificuldades para competir no maior mercado global. Em outubro, a China garantiu 7,4 milhões de toneladas de soja — 95% do total de outros países, principalmente o Brasil. Para novembro, os contratos americanos somam apenas 1 milhão de toneladas, contra 12 a 13 milhões no mesmo período do ano passado.
A fatia dos EUA nas importações chinesas caiu de 41% em 2016 para 20% em 2024. De janeiro a julho de 2025, o Brasil embarcou 42,26 milhões de toneladas para a China, mais que o dobro das 16,57 milhões provenientes dos EUA. O cenário pressiona os preços futuros em Chicago, já próximos às mínimas de cinco anos.
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