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Amazon processa Perplexity por agente que faz compras em nome do usuário
Publicado 05/11/2025 • 10:23 | Atualizado há 2 horas
Publicado 05/11/2025 • 10:23 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
A Amazon entrou com um processo judicial contra a Perplexity AI, acusando a startup de violar leis de segurança digital ao permitir que seu navegador de inteligência artificial, Comet, realizasse compras automatizadas na plataforma.
Segundo a ação apresentada na Corte Federal do Norte da Califórnia, o sistema da Perplexity teria acessado contas de usuários sem autorização, disfarçando ações de IA como se fossem navegação humana, o que, segundo a varejista, configura fraude computacional.
A empresa afirma que a Perplexity descumpriu repetidos pedidos para cessar o uso de agentes automatizados em seu marketplace. O documento cita que o Comet foi intencionalmente programado para se identificar como o navegador Google Chrome, burlando sistemas de monitoramento da Amazon. Além disso, o recurso não garantiria segurança adequada e poderia expor dados sensíveis, como senhas e métodos de pagamento.
Em carta enviada à startup antes do processo, a Amazon declarou que aplicativos de terceiros que compram por clientes devem operar de forma transparente, identificando-se claramente como agentes automatizados e respeitando as decisões das plataformas sobre integrar — ou não — seus sistemas.
A empresa argumenta que o Comet prejudica a experiência dos consumidores ao não oferecer recomendações personalizadas, nem opções como incluir produtos em entregas existentes, o que encarece e torna o processo menos eficiente. A carta afirma ainda que o uso da ferramenta fere a confiança dos clientes e viola as condições de uso da loja.
A Perplexity reagiu publicamente e classificou o processo como uma tentativa de “intimidação”. Em um comunicado intitulado “Bullying is Not Innovation”, a startup defende que a Amazon tenta restringir a liberdade de escolha dos usuários ao impedir que consumidores usem assistentes de IA pessoais para fazer compras.
“Nosso Comet Assistant é uma ferramenta que trabalha para o usuário, não para empresas. Ele apenas executa as ações solicitadas e guarda as credenciais localmente, sem acesso aos nossos servidores”, afirmou a companhia. A Perplexity sustenta que a Amazon tem interesse em controlar a jornada de compra para preservar receitas de anúncios e vendas patrocinadas, e não em proteger os clientes.
O embate ocorre em meio à corrida da Amazon para lançar seus próprios agentes de compras baseados em IA, como o chatbot Rufus, lançado em fevereiro, e o agente “Buy For Me”, que permite comprar produtos de sites externos sem sair do aplicativo da companhia.
Segundo analistas, o caso marca o primeiro grande confronto legal entre uma Big Tech e uma startup de IA “agentic”, categoria de sistemas autônomos capazes de executar tarefas completas, como pesquisar, comparar e comprar produtos online. O resultado do processo pode definir novos padrões regulatórios para o uso de assistentes inteligentes em plataformas de e-commerce.
A Amazon afirmou que continuará tomando medidas para proteger os clientes, seus dados e a integridade da experiência de compra, enquanto a Perplexity promete “não se intimidar” e manter o Comet ativo. A disputa expõe uma questão no avanço da inteligência artificial: quem controla a relação entre usuário e tecnologia nas plataformas digitais — as empresas ou os próprios consumidores.
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