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Aposta de US$ 6,4 bilhões de Sam Altman em startup de Jony Ive tem semelhanças com estratégias de Zuckerberg
Publicado 22/05/2025 • 10:59 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 22/05/2025 • 10:59 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
John Ivy e Sam Altman uma parceria que pode surpreender o mundo da tecnologia.
Reprodução/OpenAI
Na quarta-feira (21), a OpenAI anunciou que está comprando a startup de dispositivos em fase inicial de Jony Ive, a io, no que é, de longe, a maior aquisição na história de 10 anos da empresa de inteligência artificial. É uma aposta significativa em uma empresa de hardware secreta cofundada por Ive, famoso por ter projetado o icônico iPhone, iPod e iPad da Apple.
A aposta de US$ 6,4 bilhões de Sam Altman em Jony Ive remete à estratégia adotada por outro bilionário do Vale do Silício: o CEO da Meta, Mark Zuckerberg.
Em uma postagem no X, acompanhada de um vídeo de nove minutos com Ive, Altman chamou seu novo colega de “o maior designer do mundo”.
O negócio todo em ações representa uma quantia impressionante, especialmente em um momento em que empresas de capital de risco estão sedentas por saídas devido à escassez de IPOs e grandes aquisições nos últimos anos.
Para a OpenAI, a compra representa pouco mais de 2% de seu valor no papel, após ter sido avaliada em US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) em uma rodada liderada pelo SoftBank em março.
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Como CEO da startup de tecnologia mais valiosa dos EUA e talvez a empresa privada mais conhecida do mundo, a posição de Altman na indústria lembra a de Zuckerberg há 13 anos, quando ele se preparava para conduzir o Facebook através do que foi, na época, o maior IPO de tecnologia da história.
Um mês antes de sua estreia, o Facebook anunciou a aquisição de uma startup de compartilhamento de fotos com 13 funcionários e sem receita, chamada Instagram, em um esforço para ganhar terreno no mercado de aplicativos móveis em rápido crescimento. A maior preocupação dos investidores em relação ao Facebook era sua dependência da web, que não estava gerando “nenhuma receita significativa com o uso de produtos móveis do Facebook”, de acordo com seu prospecto de IPO.
Com a compra do Instagram, Zuckerberg afirmou que o Facebook queria “aprender com a experiência do Instagram para desenvolver recursos semelhantes em nossos outros produtos”.
“Este é um marco importante para o Facebook, porque é a primeira vez que adquirimos um produto e uma empresa com tantos usuários”, escreveu Zuckerberg. “Não planejamos fazer muitas mais dessas, se é que faremos alguma.”
Menos de dois anos depois e com um ticker de ações público em nome de sua empresa, Zuckerberg foi ainda mais longe, gastando US$ 19 bilhões no aplicativo de mensagens WhatsApp, que registrou cerca de US$ 15 milhões em receita no primeiro semestre de 2014, enquanto perdia mais de US$ 200 milhões durante esse período. Mas o WhatsApp tinha mais de 450 milhões de usuários mensais e crescia a uma taxa que potencialmente ameaçava o Facebook.
“Se eu estiver falando daqui a um ano e eles tiverem um bilhão de usuários, acho que será um negócio de sucesso”, disse o analista de ações Youssef Squali ao programa “Squawk on the Street” da CNBC após o anúncio da compra. “Isso, para mim, é a parte clara sobre isso.”
O WhatsApp atingiu 2 bilhões de usuários ativos mensais em 2020, e esse número já chegou a 3 bilhões, disse Zuckerberg na teleconferência de resultados do primeiro trimestre da empresa em abril. No trimestre, o segmento Família de Aplicativos da Meta, que inclui Facebook, Instagram, Messenger, WhatsApp e outros serviços, gerou US$ 41,9 bilhões (cerca de R$ 210 bilhões) em receita, a vasta maioria das vendas totais da empresa.
Instagram e WhatsApp se tornaram tão integrais para o negócio como um todo que a Comissão Federal de Comércio dos EUA alegou em seu processo antitruste contra a Meta que as aquisições nunca deveriam ter sido permitidas e ajudaram a empresa a manter seu domínio “em detrimento da concorrência e dos usuários”. A Meta contestou o argumento da FTC e afirmou que o mercado permanece competitivo. O julgamento começou em abril.
Uma parte muito menor dos negócios da Meta vem de outra grande aposta que Zuckerberg fez ao adquirir a Oculus VR por US$ 2 bilhões em 2014, antes que o fabricante de headsets de realidade virtual lançasse um produto para consumidores. A Oculus agora é Meta Quest, a peça central de hardware da unidade Reality Labs da empresa e sua guinada para o metaverso.
Embora Instagram e WhatsApp sejam geralmente celebrados como grandes acertos de Zuckerberg, a Oculus continua sendo uma incógnita. A Reality Labs está perdendo bilhões de dólares por trimestre com receita mínima.
Zuckerberg disse na última teleconferência de resultados que “os óculos de IA realmente decolaram” e a empresa vê oportunidades para investir no aumento da distribuição, indicando que ainda é uma aposta no futuro.
Da mesma forma, os investidores provavelmente terão que esperar anos antes de avaliar a aquisição da io pela OpenAI.
Além de trazer Ive, não está exatamente claro o que Altman está recebendo. Isso porque o chamado coletivo criativo de Ive, chamado LoveFrom, que gera receita com seu trabalho de design para clientes como Airbnb e Ferrari, permanecerá independente, trabalhando em projetos com a OpenAI e outras empresas.
Altman e Ive escreveram em um post no blog na quarta-feira (21) que a io foi iniciada há um ano e tem “se concentrado no desenvolvimento de produtos que inspiram, energizam e possibilitam”. Ao se juntar à OpenAI, a io “trabalhará mais intimamente com as equipes de pesquisa, engenharia e produto em São Francisco”, dizia o post.
Zuckerberg desafiou a lógica financeira e os céticos ao transformar aquisições em um valor de mercado de US$ 1,6 trilhão (cerca de R$ 8 trilhões) para a Meta, um aumento de quinze vezes em relação ao preço do IPO do Facebook.
Altman já desafiou a tradição, transformando o que era um laboratório de IA sem fins lucrativos há uma década em um gigante privado do mercado de US$ 300 bilhões. Agora, ele tem o designer do iPhone ao seu lado para tentar descobrir o que vem a seguir.
“Animado para tentar criar uma nova geração de computadores movidos a IA”, escreveu Altman no X.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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