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CEO da Nippon Steel mantém plano de adquirir a U.S. Steel após processar governo Biden

Publicado 07/01/2025 • 08:00 | Atualizado há 8 meses

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O CEO da Nippon Steel, do Japão, reafirmou nesta terça-feira (7) que a empresa não desistirá da aquisição da U.S. Steel.
  • A declaração acontece um dia depois de entrar com uma ação judicial contra o governo de Joe Biden por bloquear a fusão proposta.
  • Na segunda-feira (6), a U.S. Steel e a Nippon Steel anunciaram que haviam iniciado dois processos judiciais após a decisão do governo Biden de barrar a aquisição de US$ 14,9 bilhões da siderúrgica americana pela Nippon Steel.
Edifício Marunouchi Park, sede da Nippon Steel

Edifício Marunouchi Park, sede da Nippon Steel

Kakidai/Wikipedia

O CEO da Nippon Steel, do Japão, reafirmou nesta terça-feira (7) que a empresa não desistirá da aquisição da U.S. Steel, um dia depois de entrar com uma ação judicial contra o governo de Joe Biden por bloquear a fusão proposta.

Na segunda-feira (6), a U.S. Steel e a Nippon Steel anunciaram que haviam iniciado dois processos judiciais após a decisão do governo Biden de barrar a aquisição de US$ 14,9 bilhões da siderúrgica americana pela Nippon Steel.

Em um comunicado conjunto divulgado com os processos, as duas empresas declararam que continuam confiantes de que o acordo é “o melhor caminho para garantir o futuro da U.S. Steel” e enfatizaram seu direito de buscar a fusão.

Em coletiva de imprensa, o presidente e CEO da Nippon Steel, Eiji Hashimoto, reforçou essa posição. “Não há razão ou necessidade para desistir [da aquisição]. Simplesmente não podemos aceitar isso”, disse.

Segundo traduções da Reuters, Hashimoto enfatizou que jamais desistirá de expandir as operações nos Estados Unidos e afirmou que não considera nenhum plano alternativo além da atual busca pela U.S. Steel.

Na última sexta-feira (3), Biden bloqueou oficialmente a tentativa da Nippon Steel de adquirir a U.S. Steel, cumprindo sua promessa de manter sob controle americano uma empresa industrial com mais de um século de história. Ambas as empresas recorreram à justiça federal para tentar reverter a decisão de Biden.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, as duas partes alegaram que Biden influenciou a decisão do Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês), responsável por avaliar investimentos estrangeiros quanto a possíveis ameaças à segurança nacional, violando o direito das empresas a uma análise imparcial.

“Como resultado da influência indevida do presidente Biden para promover sua agenda política, o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (‘CFIUS’ ou ‘o Comitê’) falhou em conduzir um processo regulatório de boa-fé, focado na segurança nacional”, afirmaram as empresas.

A Casa Branca não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNBC.

Hashimoto acrescentou que a Nippon Steel pretende explicar à nova administração dos Estados Unidos como a aquisição fortaleceria a U.S. Steel e a indústria americana como um todo.

O presidente eleito Donald Trump também se manifestou contra a compra planejada da U.S. Steel pela Nippon Steel em diversas ocasiões. “Por que eles venderiam a U.S. Steel agora, quando as tarifas a tornarão uma empresa muito mais lucrativa e valiosa?”, publicou Trump em sua plataforma de mídia social, Truth Social.

“O verdadeiro motivo por trás do colapso da fusão entre a Nippon Steel e a U.S. Steel é, em grande parte, político”, disseram analistas da CreditSights em um relatório divulgado após os processos judiciais, destacando que o momento da transação foi “desfavorável” para a Nippon Steel, considerando que ocorreu durante um ano de eleições presidenciais.

A empresa de pesquisa também apontou que, embora o CFIUS tenha demonstrado algumas reservas, não apresentou uma recomendação formal sobre a aprovação ou não da fusão.

Na semana passada, a Nippon Steel havia oferecido ao governo dos EUA poder de veto sobre qualquer redução na capacidade de produção da U.S. Steel.

As ações da Nippon Steel caíram 1,74% durante o pregão na bolsa japonesa.

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