Dan Ives, da Wedbush Securities, está se juntando a uma nova empresa focada em acumular Worldcoin (WLD), o token nativo da blockchain usada na startup de verificação biométrica de identidade World, criada pelo fundador da OpenAI, Sam Altman.
A Eightco Holdings, uma pequena empresa que atualmente negocia na Nasdaq sob o ticker “OCTO”, anunciou na segunda-feira que Ives, chefe global de pesquisa em tecnologia da Wedbush, é agora presidente do conselho de administração.
A empresa também anunciou um aporte privado de US$ 250 milhões para implementar uma estratégia de compra de Worldcoin como seu principal ativo de tesouraria.
“Como alguém tão apaixonado pela revolução da IA e pelo futuro da tecnologia, vejo a World como o padrão de fato para autenticação e identificação no futuro mundo da IA”, disse Ives à CNBC. “Eu não estaria fazendo essa iniciativa se fosse apenas uma estratégia genérica de tokens.”
Espera-se que a oferta seja concluída em ou por volta de 11 de setembro, momento em que a empresa pretende mudar seu ticker para “ORBS”.
A movimentação de Ives é semelhante à de outro renomado analista de Wall Street, Tom Lee, da Fundstrat, que em junho se juntou à acumuladora de ether BitMine Immersion Technologies como presidente. As ações da BitMine dispararam mais de 800% desde que Lee anunciou seu envolvimento.
A empresa também fez um investimento estratégico de US$ 20 milhões na Eightco, anunciou na segunda-feira, marcando o início de sua estratégia “Moonshot” para apoiar ideias ousadas que fortaleçam o ecossistema Ethereum.
Diante de um ambiente regulatório mais amigável às criptomoedas neste ano, mais empresas de capital aberto adotaram a estratégia da MicroStrategy de usar financiamento por dívida e venda de ações para comprar criptomoedas e mantê-las no balanço, tentando aumentar os retornos aos acionistas.
Empresas com apoiadores de destaque, como Lee da Fundstrat e o bilionário de tecnologia Peter Thiel (que possui participação em ambas as empresas focadas em ether, BitMine e Ethzilla), têm se saído melhor no recente recuo do mercado cripto.
Ives, conhecido por suas apostas ousadas no mercado (e escolhas de moda), também administra o ETF Dan Ives Wedbush AI Revolution (IVES), lançado no início do verão, com foco em software e chips, e afirmou que a tecnologia estará em um mercado em alta nos próximos dois a três anos.
Cada vez mais, empresas que buscam estratégias de tesouraria em criptomoedas estão explorando além do bitcoin no espectro de risco, na esperança de ganhos ainda maiores. Por exemplo, a DeFi Development Corp foi lançada em abril com foco na acumulação do token SOL da Solana, e uma pouco conhecida empresa canadense de vaporizadores chamada CEA Industries anunciou em julho um plano de acumulação de Binance Coin (BNB).
A iniciativa World, de Altman, visa autenticar humanos reais em sua rede, diante da crescente ameaça de inteligência artificial, como deepfakes. O projeto oferece aos usuários uma “World ID” para logins anônimos e recompensa-os com sua criptomoeda Worldcoin.
“À medida que a infraestrutura de IA e os [modelos de linguagem de grande escala] são desenvolvidos sem verdadeira identificação e prova de humanidade, isso se torna um fator limitante para o crescimento da IA nos próximos anos”, disse Ives. “Vejo o mundo cripto cada vez mais voltado para blockchain, mas como você vai identificar humanos … em um futuro onde robôs terão um papel central na IA física?”
Seus comentários sobre a necessidade de um sistema de verificação de identidade digital ecoam os feitos pelo CEO da BlackRock, Larry Fink, que disse em sua carta anual deste ano que um dia “fundos tokenizados”, ou fundos representados em uma rede blockchain como a Ethereum, “se tornarão tão familiares aos investidores quanto ETFs — desde que resolvamos um problema crítico: a verificação de identidade.”
A Worldcoin foi lançada em 2023 e tem uma capitalização de mercado de cerca de US$ 1 bilhão, comparada aos aproximadamente US$ 2 trilhões do bitcoin e US$ 518 bilhões do ether, segundo a CoinGecko.
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